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Vídeo sobre o prédio da Escola de Design da UEMG celebra mês do Patrimônio Cultural no Brasil

O mês de agosto é dedicado a celebrar o Patrimônio Cultural em todo o Brasil. Uma oportunidade para a Escola de Design, que hoje ocupa o antigo prédio do IPSEMG, exemplar tombado da arquitetura modernista mineira, localizado na Praça da Liberdade e projetado por Raphael Hardy Filho. Em comemoração, realizamos um vídeo que traz uma perspectiva histórica e um olhar atualizado desse nosso patrimônio.

 

O prédio da Escola de Design da UEMG: patrimônio da arquitetura modernista de Minas Gerais

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Dirigido pelo professor Charles Bicalho, com roteiro da professora Giselle Hissa Safar e locução da aluna de Artes Visuais – Licenciatura, Vitória Soares do Nascimento, o filme conta ainda com trilha musical do multiartista Jackson Abacatu.

Esta é mais uma produção do Núcleo Arte Licenciatura (NAL) da Escola de Design da UEMG, coordenado pela professora Carime Zunzarren, com o apoio do Centro de Extensão (CENEX).

Resultado de pesquisas de professor da Escola de Design será exibido em Madrid

Acervo audiovisual produzido a partir de pesquisas do professor Charles Bicalho, da Escola de Design da UEMG, será exibido no Museu Rainha Sofia em Madrid. Filmes produzidos são frutos de pesquisas sobre a expressão cultural de povos indígenas mineiros.

De 13 a 25 de setembro, no Museu Rainha Sofia em Madrid, Espanha, será exibida parte da produção da Pajé Filmes, uma produtora de conteúdo audiovisual fundada em Belo Horizonte em 2008 com o intuito de fomentar obras audiovisuais de autoria originalmente indígena.

Parceria entre o professor Charles Bicalho, da Escola de Design da UEMG, e Isael e Sueli Maxakali, casal de cineastas representantes do povo indígena Maxakali do norte do estado, a produtora já lançou mais de uma dezena de filmes, dentre documentários e animações. “O foco é usar o audiovisual como mais uma modalidade de expressão para a arte e a tradição cultural indígena, através de filmes idealizados, produzidos e dirigidos pelos próprios indígenas”, salienta o professor, que realiza pesquisas junto aos Maxakali há mais de vinte anos.

Bicalho conta que começou pesquisando a literatura e produzindo livros de autoria indígena. Com o tempo veio a demanda por experimentar outro meio de expressão como o audiovisual, já que as histórias dessa tradição oral são pródigas em enredos, personagens e visualidade.

Documentários e animações

Inicialmente com foco em documentários, os filmes registram a riqueza e a complexidade de linguagens presente nos rituais dos Maxakali, que também são chamados Tikmû’ûn, uma palavra de sua própria língua com a qual eles se autodenominam. “Os rituais são eventos multimidiáticos que congregam visualidade, dança, culinária, cantos, enfim, uma multiplicidade de linguagens, com o intuito de contar histórias e celebrar uma tradição, uma visão de mundo, um modo de existência”, explica o professor.

Essa multiplicidade expressiva do ritual é subsídio para a produção de obras audiovisuais de gêneros variados: depois da experiência com documentários, vieram os filmes de animação.

As histórias tradicionais indígenas registradas em áudio na língua ancestral são traduzidas para o português e então roteirizadas. Depois vem a produção de storyboard e todo o projeto do filme, com o desenho dos personagens, cenários, objetos e demais elementos que compõem as histórias. Os desenhos para os filmes são produzidos pelos próprios Maxakali em oficinas de ilustração realizadas nas aldeias, assim como as gravações de áudio dos diálogos e dos cantos utilizados na trilha (os filmes são falados na língua Maxakali e são legendados em português, espanhol e inglês).

Carreira internacional

A legendagem em diferentes línguas facilita a circulação das produções em eventos de vários países. Sobretudo os filmes de animação têm chamado a atenção de mostras e festivais, que, além de selecionar as produções, eventualmente têm premiado os títulos. A obra mais recente, por exemplo, angariou até o momento dez distinções, dentre menções

honrosas, indicações e primeiros lugares, como o de Melhor Filme do Júri Popular no Festival Internacional de Curta-metragem de Brasília no ano passado.

Indicações ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e exibição no Museu da Rainha Sofia em Madrid

Em território nacional também há um significativo interesse pela produção indígena. Duas animações da Pajé Filmes foram indicadas ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, premiação promovida pela Academia Brasileira de Cinema (ABC). A primeira foi Konãgxeka: O Dilúvio Maxakali (2016), indicado em 2018. O segundo, indicado para o prêmio deste ano na categoria de Curta-metragem de Animação, é intitulado Mãtãnãg, A Encantada (2019).

Os filmes também são convidados a participar de curadorias especiais, como é o caso do evento que ocorrerá em setembro no Museu espanhol. Com escopo em obras audiovisuais de temática indígena de todo o mundo, o Rainha Sofia exibirá três títulos da Pajé Filmes. Links relacionados:

Pesquisa sobre cultura Maxakali rende convites internacionais a professor

https://www.uemg.br/noticias-1/3465-unidade-claudio-pesquisa-sobre-cantos-e-narrativas-maxakali-rendem-convites-internacionais-a-professor

Apoiada pelo Rumos, Pajé Filmes lança curta-metragem de animação

https://www.itaucultural.org.br/apoiada-pelo-rumos-paje-filmes-lanca-curta-metragem-de-animacao

Narrativas e cantos indígenas ganham vida no filme “Mãtãnãg, a Encantada”

https://www.itaucultural.org.br/narrativas-e-cantos-indigenas-ganham-vida-no-filme-matanag-a-encantada

Estreia do Documentário Ziriganga

O documentário Ziriganga integra um conjunto de realizações do projeto de iniciação científica “Saberes tradicionais do Reinado Mineiro: da multiplicidade artística às experiências musicais vividas”, aprovado no Edital de Apoio à Pesquisa PAPq/UEMG/ 2019. O mesmo está sendo desenvolvido na Universidade do Estado de Minas Gerais através da parceria entre a professora/pesquisadora Sônia Assis (Escola de Música), o professor/ pesquisador Genesco Alves (Escola de Design) e o capitão regente Dirceu Sérgio da Irmandade do Quilombo de Nossa Senhora do Rosário de Justinópolis.

Ziriganga apresenta a Irmandade do Quilombo de Nossa Senhora do Rosário de Justinópolis, uma cultura permeada de histórias, rituais, cantos e danças que se fortalece na coletividade e na fé. Situado em área urbana na região metropolitana de Belo Horizonte/MG/Brasil, nas Festas e na vida cotidiana o quilombo é um território vivo de produção de sentidos, engajamentos, experiência e resistência cultural. O documentário aponta aspectos da materialidade sonora vinculados às histórias de vida a partir das memórias e saberes do mestre “Ziriganga”, do Quilombo Irmandade do Rosário de Justinópolis.

Sinopse do documentário: Em Ziriganga, o capitão regente Dirceu Ferreira apresenta a história da Irmandade do Quilombo Nossa Senhora do Rosário de Justinópolis. Um território vivo, a partir do qual emergem narrativas de resistência cultural marcadas pelo entrelaçamento de memórias, rituais, artefatos, cantos, danças e outros saberes tradicionais.

O lançamento será na plataforma do youtube nesse sábado, dia 09 de maio às 19:30 e pode ser acessado no link abaixo.

https://www.youtube.com/watch?v=egkRqVF-H1A

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