O projeto de extensão Interseções: filosofia, história e arte foi iniciado no ano de 2023, para instaurar, no âmbito da Escola de Design, reflexões críticas sobre temáticas relacionadas aos três campos do saber que encadeiam o referido projeto, que compõem a formação de todos os cursos da referida Unidade, alicerçando a formação básica do corpo discente.
Programação Interseções: Ciclo de Palestras
Programação Primeiro dia
Data: 17 de setembro de 2024
Horário: 19 horas
Local: Escola de Design – Mezanino
Mediação: Pamela Vieira Bernardo (discente AVL – UEMG).
Palestrante: Felipe Messias
Artista visual e pesquisador. Doutorando e mestre em Comunicação Social pela UFMG, com bolsa da Capes. Especialista em Processos Criativos em Palavra e Imagem pela Puc-Minas; graduado em Artes Visuais Escola de Design da UEMG e bacharel em Comunicação Social pela Faculdade Promove. Membro do Coragem – Grupo de Pesquisa em Comunicação, Raça e Gênero do PPGCOM – UFMG. Pesquisa o diálogo entre imagem, fotografia, representação, comunicação e racialidades, assim como sua influência nos processos de produção de sentido.
Tema: “O que eu ganho pela minha dor?: estratégias para narrar a violência sem reproduzir a violência”.
Palestrante: Léo Gonçalves
Poeta, ensaísta e tradutor. Autor de Use o assento para flutuar (Crisálida, 2018) e das infimidades (in vento, 2004). Com trabalhos voltados para o colonial e para o contemporâneo, sua poesia busca um diálogo com as diversas poéticas negras do mundo. Traduziu autores como Anne Lafont, Françoise Vergès, Aimé Césaire (Editora Bazar do Tempo) e Langston Hughes (Editora Pinard).
Tema: Por uma poética do ponto de vista
Para se pensar uma visualidade descolonizada e aberta ao diverso, é preciso olhar para além das aparências. Afinal, nem tudo o que aparece é o que parece. Ao perpassar histórias que estão no pano de fundo da nossa educação do olhar, nos damos conta de que séculos de dominação colonial não poderiam deixar de influenciar o modo como vemos as coisas. Ao contar uma história ou ao criar um design, partimos sempre de um ponto de vista. O provérbio africano indica o caminho: “enquanto não houver leões contadores de história, a glória da caça será sempre do caçador”. Que tal se inventássemos, então, uma nova poética do olhar?
Programação Segundo dia
Data: 18 de setembro de 2024
Horário: 19 horas
Local: Escola de Design – Mezanino
Mediação: Gustavo Martins (discente AVL – UEMG).
Palestrante: Deri Andrade
Deri Andrade, alagoano, vive em Belo Horizonte, é pesquisador, curador e jornalista. Mestre em Artes na linha de pesquisa História e Historiografia da Arte (Programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte da Universidade de São Paulo – USP), especialista em Cultura, Educação e Relações Étnico-raciais (CELACC – Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação da USP) e formado em Comunicação Social: Habilitação em Jornalismo (Centro Universitário Tiradentes – Unit). Interessa-se pelo conceito de arte afro-brasileira, investigando a correlação entre conteúdo e forma presente nas poéticas de artistas negros/as/es. Desenvolveu a plataforma Projeto Afro, resultado de um mapeamento de artistas negros/as/es em âmbito nacional, por entender que a arte é um importante instrumento catalisador na luta antirracista. Tem passagens por instituições culturais, como o Museu de Arte Moderna de São Paulo, a Unibes Cultural e o Instituto Brincante. Atualmente é Curador assistente no Instituto Inhotim.
Tema: Arte afro-brasileira: um espírito libertador
Palestrante: Massuelen Cristina
Massuelen Cristina é natural de Sabará, Minas Gerais. Artista e pesquisadora, graduada em Psicologia pela Universidade FUMEC e especialista em Artes Visuais como técnologa pelo Centro Interescolar de Cultura Arte Linguagens e Tecnologias (CICALT) ambas na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais.
De uma família de lavadeira , enquanto neta de Dinorá e filha de Sueli, busca através de seus trabalhos multi artísticos ressignificar narrativas, ouvir mais do que falar e se deixar afetar e criar a partir do que observa. Usa a fotografia como conteúdo e continente, linguagem e suporte, para fazer resgates de memórias do território que circula e que trazem também relações de afetividades sobre heranças familiares que versam sobre traumas, dores e potências, carregando realidades sociais que atravessam famílias de similar recortes raciais, de classe, e de territórios.
Artista polímata, seu trabalho passa pelas encruzilhadas da performance, pintura,audiovisual e instalação. A artista propõe em sua pesquisa curar tempo, girando em torno das etnografias do rito como tempo e espaço de desenvolvimento de símbolos, signos e das iconografias das relações corpo-território às margens do rio das velhas.
Todos os estudantes inscritos e que participarem das palestras receberão certificado de horas.