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Lançamento do selo de comemoração dos 70 anos da ED

Acaba de vir à luz o Selo de Comemoração – 70 Anos ED. O Selo é a marca oficial para a data especial da Escola de Design (ED) da UEMG. Fundada em 1954, ainda com o nome de Escola de Artes Plásticas (ESAP), era uma unidade subordinada à já existente Escola de Música da Universidade Mineira de Arte (UMA). Em 1956 aconteceu o primeiro vestibular da ESAP. E em 1957 estava em pleno funcionamento com sua primeira turma de alunos.

Selo 70 Anos Escola de Design, Criado pelo Laboratório de Design Gráfico (LDG)

Nesta época eram oferecidos quatro cursos pela instituição: Artes Plásticas: Pintura, Escultura e Gravura; Desenho Industrial e Comunicação Visual; Decoração; e Licenciatura em Desenho.

Em 1964 a Universidade Mineira de Arte se transformou na Fundação Mineira de Arte (FUMA). E em 13 de maio de 1980 sua denominação foi novamente alterada para Fundação Mineira de Arte Aleijadinho (FUMA).

Acervo do Arquivo de Som e Imagem – ASI / Centro de Estudos em Design da Imagem – CDI. Consultado em: 29/072024

Já em 1990 a FUMA optou por ser incorporada à recém criada Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), que agregava ainda o Curso de Pedagogia do Instituto de Educação de Minas Gerais e a Escola Guignard. A partir da fusão à UEMG, tais instituições passaram a se chamar: Faculdade de Educação (FAE/UEMG), Escola de Música (ESMU/UEMG), Escola de Design (ED/UEMG) e Escola Guignard.

O Selo de Comemoração – 70 Anos ED foi uma demanda da Comissão 70 Anos, encarregada da organização das comemorações do aniversário. Foi projetado no Laboratório de Design Gráfico (LDG) da Escola de Design, coordenado pela Profa. Mariana Misk. A equipe de criação do Selo contou com as professoras Iara Mol, ⁠Mariana Misk, Joana Alves e Simone Souza como orientadoras. O projeto é de Ana Letícia Fusco e Nicole Carneiro. Teve o poio laboratorial dos estagiários e estagiárias Ana Beatriz Alves, Átila Henrique, ⁠Fabrício Luiz, ⁠Lóren Bessa e ⁠Matheus Armond. E o motion design do Selo é de autoria de Beatriz Nascimbeni.

Segundo o Dicionário de Símbolos, de Jean Chevalier e Alain Gheerbrant, o número 7 é carregado de significados no imaginário popular, sendo dotado de simbologia histórica: “O sentido de uma mudança após um ciclo concluído e de uma renovação positiva”.

Para a Escola de Design o Selo é um símbolo de presença e visibilidade, além de representar a conquista de um espaço, no momento em que a Escola está prestes a inaugurar sua nova sede, já em funcionamento, localizada na Praça da Liberdade. Tem características geométricas inspiradas na arquitetura do prédio, um patrimônio da arquitetura modernista mineira tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA-MG) em 1977.

Foto: Rafael Rigoni

Sendo um exemplar protagonista do Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Praça da Liberdade, o prédio foi projetado pelo arquiteto Raphael Hardy Filho. Sua construção foi concluída em 1964 para ser a sede do Instituto de Previdência dos Servidos do Estado de Minas Gerais (IPSEMG), função que cumpriu até 2010. As obras de restauração para receber a Escola de Design foram completadas em 2020, quando houve a mudança para a Praça.

A inspiração arquitetônica do Selo visa “unir o percurso feito até aqui com a perspectiva do que o futuro reserva para a nossa instituição”, defende a equipe de criação.

O lançamento oficial do Selo acontecerá amanhã, 02/08, na cerimônia que congregará o aniversário da Escola de Design, bem como a inauguração de sua nova sede na Praça da Liberdade.

A partir de hoje o Selo já começa a ser utilizado, no site da ED, em peças gráficas e na assinatura dos e-mails institucionais. O motion design para o Selo pode ser conferido abaixo, ou no canal da Escola de Design, no Youtube.

Feliz aniversário para a Escola de Design!

 

PROFESSORAS ORIENTADORAS DO PROJETO

  • Iara Mol
  • ⁠Mariana Misk
  • ⁠Joana Alves
  • ⁠Simone Souza

PROJETO

  • Ana Letícia Fusco
  • ⁠Nicole Carneiro

APOIO LABORATÓRIO DE DESIGN GRÁFICO (LDG)

  • Ana Beatriz Alves
  • ⁠Átila Henrique
  • ⁠Fabrício Luiz
  • ⁠Lóren Bessa
  • ⁠Matheus Armond

MOTION DESIGN

  • Beatriz Nascimbeni

Projeto Sabiá de design automotivo completa 30 anos

O projeto Sabiá teve início em 1993, motivado por um convite feito à Escola de Design (ED) da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) pela Shell France. A proposta era desenvolver um carro de design diferenciado para representar o Brasil na Shell Marathon, uma competição promovida pela empresa multinacional para carros mais econômicos. Não só a estética, mas também a aerodinâmica eram fatores fundamentais para um veículo voltado para maratonas de economia energética.

Atualmente Professor Emérito, José Jairo Drummond Câmara, aposentado da Escola de Design, coordenou o projeto no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design e Ergonomia (CPqD) da instituição, no início contando apenas com financiamento da própria Escola, além do apoio de pais de alunos da ED que financiavam quesitos como as passagens para os eventos em que os pesquisadores da equipe participavam.

Maio 1994, Flávio Pinho e Gilberto nas oficinas da FUMA.

A primeira competição foi na França em 1994, com um protótipo totalmente concebido no CPqD, ocasião em que receberam o Prêmio de Honra do Design, pelo modelo Sabiá 1. A equipe repetiu a participação na maratona da Shell em 1995, 2000, 2002, 2004 na França e em 2009 novamente nos Estados Unidos. Na edição francesa o modelo Sabiá 3 foi escolhido o mais bonito pelo júri e foi agraciado com o Prêmio Especial de Design para Equipe Estrangeira.

Apresentação para a imprensa do Sabiá 1 do lado do Coreto na Praça da Liberdade.

Em 2009, o modelo Sabiá 6, que fazia 97.3 km/litro, ganhou o primeiro lugar na categoria de Design Inovador. Em 18 de abril, estavam inscritos para a disputa mais de 500 alunos, organizados em 44 equipes, oriundos de escolas de ensino médio e de universidades das Américas do Norte e do Sul, incluindo países como Canadá, Brasil, México e Estados Unidos; além de uma equipe indiana, especialmente convidada.

Pintado na cor laranja e equipado com motor de cortador de grama, o Sabiá 6, que contou com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), é inspirado em modelos de carros da marca Bugatti da década de 1930 e no Homem de Ferro, o super herói das histórias em quadrinhos. Seu protótipo fica em exposição permanente com outros cinco do projeto no hall da Escola de Design na Praça da Liberdade.

Cartaz da 10 Marathon Shell, França, 1994.

Pelo feito na Califórnia em 2009, a equipe recebeu da Shell Oil Company um prêmio que “representou um atestado de qualidade e de capacidade da UEMG e de Minas Gerais”, como avaliou à época o professor Jairo Drummond. “Conseguimos mostrar nosso produto em escala mundial”, atestou ainda. O reconhecimento da Shell foi inspirador: nos próximos anos mais de 40 outras premiações vieram em várias partes do mundo para projetos em design automotivo desenvolvidos por professores e alunos no CPqD da Escola de Design.

Apresentação de papers e participações em conferências na Croácia, Mônaco, França, Argentina e China, além de uma participação na InovaTec, que é considerado o maior evento brasileiro de inovação tecnológica, foram ainda frutos colhidos pelo projeto, que é um dos de maior repercussão da Escola de Design da UEMG. Tudo isso faz com que o projeto Sabiá seja um símbolo de inovação, criatividade e arrojo, e de como não há limites para o talento dos designers mineiros.

 

Maio 1994, Mônica, a piloto e o molde do Sabiá 1 mas oficinas da FUMA.

Na quadra de vôlei da antiga ESAP-FUMA, que virou a Escola de Design da UEMG, na Av. Amazonas onde hoje é o Expominas, 1994.

28 maio 1994, Circuit Paul Ricard, Le Castelet na Provence francesa.

28 maio 1994, Circuit Paul Ricard, Le Castelet em Provence, França.

Maio 1994, Montagem da Carroceria do Sabiá 1 na FIBRAER.

1994, o Sabiá 1 na reta de largada do Circuito Paul Ricard (onde ocorrem hoje os GPs de Formula 1 na França), em Le Castelet na Provence francesa.

Conceito do Sabiá 1 foi concebido no Mac Draw por José Jairo Drummond Câmara.

Revista francesa Auto Plus, nº 300, de 07 de junho de 1994.

Jornal Diário da Tarde de 17 de junho de 1994.

Fotos: Arquivo pessoal do professor José Jairo Drummond Câmara.

Jovens artistas e estudantes da Escola de Design brilham na exposição fotográfica Núcleo Nômade de Fotografia

A cidade de Belo Horizonte está sendo palco de uma exposição fotográfica que trouxe à luz o talento e a criatividade de jovens artistas residentes de Minas Gerais. A mostra, intitulada “Núcleo Nômade de Fotografia”, está em cartaz até o dia 25 de maio, na Câmera Sete – Casa da Fotografia de Minas Gerais.  Sob a orientação dos fotógrafos André Baumecker e Marcelo Castro, vencedores do 4° Prêmio Décio Noviello de Fotografia da Fundação Clóvis Salgado, dez artistas foram selecionados entre 91 inscritos para participar do projeto, incluindo dois estudantes da Escola de Design.

O trabalho resultou de uma residência de criação artística coordenada por André Baumecker e Marcelo Castro. Entre os destaques da exposição estão Hermano Lamas e Pâmela Bernardo, ambos estudantes da Escola de Design, cujas obras refletem a diversidade e a riqueza da cena artística contemporânea em Minas Gerais. 

Hermano Lamas, se reconhece como uma pessoa não binária (ela/elu/ele), formou-se na Escola de Design da UEMG em 2020, no curso de Design Gráfico e está entre as pessoas selecionadas para participar da residência artística. Para Lamas, a experiência foi transformadora: “A residência do Núcleo Nômade de Fotografia foi uma oportunidade única de explorar novas abordagens criativas e colaborativas. O processo de criação coletiva e a valorização do acaso como parte do processo artístico foram aspectos fundamentais que enriqueceram minha prática fotográfica. Todo conhecimento que adquiri na Escola de Design da UEMG faz parte do meu repertório. A ED é um espaço de trocas muito valiosas e potentes, onde conheci diversas pessoas criativas. Tenho muito a agradecer pela formação oferecida, pelas professoras e professores.”, afirmou.

Pâmela Bernardo, aluna do 5º período de Artes Visuais Licenciatura, também viu na residência uma chance de expandir seus horizontes artísticos: “O curso de Artes Visuais Licenciatura tem aguçado meu olhar sobre o meu próprio trabalho com a fotografia, as disciplinas ajudam entender e a mediar o trabalho artístico, além de me guiar ao me inscrever em editais. A residência foi uma oportunidade incrível de mergulhar em um ambiente colaborativo e explorar novas técnicas e ideias, além de me me ajudar a compreender e mediar o trabalho artístico, me auxiliando na seleção e incrição de editais”, destacou.

Durante a residência, Pâmela e Hermano exploraram e percorreram as ruas de Belo Horizonte, capturando imagens e experiências que serviram de base para as obras apresentadas na exposição. Além das fotografias individuais dos participantes, a mostra também conta com um mural gigante com imagens produzidas coletivamente ao longo da residência e um fotolivro de edição única, editado especialmente para a exposição.

A exposição “Núcleo Nômade de Fotografia” não apenas celebra o talento e a criatividade de dois estudantes da ED, mas também destaca a importância da colaboração e da experimentação na cena artística contemporânea. Para Hermano Lamas, Pâmela Bernardo e os demais participantes, esta experiência representa não apenas um marco em suas carreiras, mas também um impulso para continuar explorando novas possibilidades e expandindo seus horizontes artísticos.

A mostra fica até o dia 25 de maio, na Câmera Sete – Casa da Fotografia de Minas Gerais e a entrada é gratuita.

O endereço é: Av. Afonso Pena, 737 – Centro

Horário

De terça-feira a sábado, das 9h30 às 21h

Informações para o público

(31) 3236-7400

Acesse e saiba mais: https://fcs.mg.gov.br/eventos/4o-premio-decio-noviello-de-fotografia/ 

 

Fotos: Amanda Canhestro

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