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Desfile e o Congresso Internacional de Moda e Economia Criativa na Escola de Design: governo de Minas anunciará ações com foco na moda mineira

Segundo o Panorama Setorial, publicação da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), o setor da moda no estado concentra mais de 8.200 empresas e é responsável por gerar mais de 120 mil empregos. O estudo aponta ainda que 19% das indústrias de Minas são do segmento da moda.

Nesse domingo, 28/07, a partir das 16h, nos jardins do Palácio da Liberdade, na Praça da Liberdade, o governo do estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (SECULT), fará anúncios que prometem potencializar a moda produzida em Minas Gerais.

Trata-se do programa Passarela Liberdade, cujo objetivo é fomentar a moda mineira, envolvendo também o turismo e a cultura como forma de incentivar o desenvolvimento socioeconômico. Abrirá o evento o desfile intitulado Passarela Liberdade: Moda no Jardim Sensorial, que ocorrerá nos jardins do Palácio, às 16:30. Com participação de 48 estilistas mineiros, serão apresentados looks autorais sob curadoria da Associação de Criadores e Estilistas de Minas Gerais (A.Criem-MG).

 

 

 

Em seguida, dentre os anúncios, serão apresentadas propostas para a expansão do já existente Trajeto Moda, um projeto em desenvolvimento desde abril do ano passado em 34 municípios do estado, que busca apoiar mulheres em situação de vulnerabilidade na busca pela autonomia, dignidade e independência financeira, por meio da geração de renda através da moda.

Fomentos para categorias específicas da moda mineira também estão na pauta. O edital Passarela Liberdade, do Fundo Estadual de Cultura, através da Fundação Clóvis Salgado, reservará um valor em torno de R$ 1 milhão para três categorias do segmento da moda mineira: Memória e História; Capacitação e Conhecimento; e Promoção e Visibilidade. O edital prevê repasses em três valores para os projetos: R$ 12.000,00; R$ 33.000,00; e R$ 100.000,00.

E outro anúncio se refere ao 1º Congresso Internacional de Moda e Economia Criativa (CIMEC), organizado pela Escola de Design e agendado para acontecer de 28 de outubro a primeiro de novembro, paralelamente na sede da ED e em outros equipamentos do Circuito Liberdade, como a Casa Fiat de Cultura, o Centro Cultural Unimed-BH Minas e o MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal.

O CIMEC reunirá renomados palestrantes brasileiros e de outros países para discutir a intercessão entre moda, design e economia criativa, explorar os desafios contemporâneos da cultura da moda; além de abordar temas como inovação, comportamento, futuro da moda em tempos de inteligência artificial e ações afirmativas para o setor.

O evento, promovido pela Associação dos Amigos do Museu da Cadeira Brasileira em parceria com a Escola de Design da UEMG e a Fundação Clóvis Salgado, com patrocínio da Cemig, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura, contará com masterclasses, mesas-redondas, painéis de apresentação de papers, cases de mercado, imersão em negócios criativos, hackathon de moda e design, mostra audiovisual e um salão expositivo para os criadores locais.

A moda é um dos principais setores da economia criativa e, em Minas Gerais, representa um importante ativo cultural ligado a histórias, a saberes e fazeres artesanais, e ao potencial criativo de sua indústria. A moda mineira é reconhecida nacionalmente pela sua forte identidade e tem levado o nome de Minas Gerais para fora do estado há décadas.

Pesquisadores da Escola de Design publicam mais um artigo científico sobre prevenção da violência em escolas públicas

Os pesquisadores Yan Liszt Ximenes Medeiros (CEDTec e TipoLab), Suéllen Mota Marques Costa (CEDTec), Cláudio Santos Rodrigues (TipoLab) e Rita de Castro Engler (CEDTec), publicaram em junho de 2024 o artigo Grafic Design for Violence Prevention in a Public School (Design Gráfico para Prevenção da Violência em uma Escola Pública), no periódico científico Mix Sustentável, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), classificado como A3 no QualisCAPES.

O trabalho consistiu em planejar, implementar e avaliar ações para prevenir a violência em uma escola pública brasileira, em consonância com o 16º objetivo da Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável. Para quem acredita que o Design Gráfico pode ajudar a resolver esse relevante problema, o trabalho está disponível para download gratuitamente no website: DESIGN GRÁFICO PARA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA EM ESCOLA PÚBLICA | MIX Sustentável

Os autores agradecem a Patrícia Rodrigues Martinez, Danielle Lagares Bicalho, Thiago Ocelli Biaggio (Destro), Luísa Santos, Lorraine Gamman, Adam Thorpe, Francesco Mazzarella, Chryssi Tzanetou e ao PAPq-UEMG pelo aporte financeiro.

Professor da Escola de Design tem projeto aprovado em edital nacional para produção audiovisual

O professor da Escola de Design da UEMG, Charles Bicalho, foi um dos 100 selecionados, dentre 9.389 inscritos, da vigésima edição do edital Rumos Itaú Cultural 2023-24 na categoria Curta-metragem de Animação. O professor vai concluir a produção do filme Kakxop Pahok: as crianças cegas, projeto desenvolvido junto ao povo indígena Maxakali (Tikmû´ûn) de Minas Gerais. Kakxop Pahok será a terceira animação que Bicalho desenvolve com os Maxakali e completará uma trilogia iniciada com Konâgxeka: o dilúvio Maxakali (2016) e Mãtãnãg, a encantada (2019).

A produção audiovisual do professor Charles em parceria com os Maxakali é fruto de pesquisas desenvolvidas há mais de vinte anos, desde a graduação, passando pelo mestrado, doutorado e pós-doutorado do pesquisador. O professor registra a tradição literária oral do povo Maxakali através de processos de gravação em áudio das histórias e cantos tradicionais em língua Maxakali, com sua subsequente tradução para a língua portuguesa e eventualmente a transformação de enredos em roteiros cinematográficos.

No início de suas pesquisas o professor Bicalho tinha foco na literatura impressa, tendo publicado uma dezena de livros na língua Maxakali com projetos gráficos criados pelos próprios indígenas, material que os nTikmû´ûutilizam em suas escolas dentro das reservas. Diante da riqueza imagética dessa tradição oral, o pesquisador resolveu apostar na produção audiovisual e fez as primeiras experiências em filmes documentários: os Maxakali filmavam principalmente seus rituais religiosos, que o professor editava e finalizava. Assim, em 2008 foi fundada a Pajé Filmes, uma produtora que reúne vários membros da comunidade indígena, como o casal Isael e Sueli Maxakali, além de Cassiano Maxakali, co-diretor de Kakxop Pahok.

Mais tarde surgiu a proposta de experimentar com a linguagem da animação, para retratar as histórias tradicionais, que geralmente estão relacionadas com os rituais, porém exibem uma complexidade de roteiros que não cabem no formato tradicional do documentário. Em 2016 então surgiu o primeiro filme animado dos Maxakali: Konãgxeka, o dilúvio Maxakali conta a versão tikmû´ûn do dilúvio. Em seguida, em 2019, veio a lume Mãtãnãg, a encantada, a segunda animação baseada em história tradicional deste povo. Kakxop Pahok, as crianças cegas, portanto, fecha a trilogia.

O edital Rumos Itaú Cultural é um dos maiores editais de patrocínio à produção audiovisual no país e tem foco na “seleção de projetos de criação artística que tenham como finalidade uma obra ou produção intelectual/artística, nas mais diversas linguagens, suportes, formatos e mídias”. O professor emplacou o projeto de pós-produção e finalização do filme, cuja produção já fora desenvolvida na Escola de Design, através do edital PROPPG 10/2022 do Programa de Bolsas de Produtividade em Pesquisa (PQ) da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). Porém a verba auferida com a Bolsa de Produtividade não foi suficiente para dar sequência até a finalização da obra. Candidatar-se ao edital do Itaú foi a solução encontrada pelo professor.

Não é a primeira vez que Charles Bicalho conquista a verba para a produção de um filme animado no referido edital. A produção anterior, Mãtãnãg, a encantada, foi produzida igualmente sob os auspícios do Rumos Itaú Cultural. E o primeiro filme da trilogia, Konãgxeka, o dilúvio Maxakali, também foi produzido com patrocínio de outro edital público, o extinto Filme em Minas.

A produção de Kakxop Pahok foi ainda transformada em projeto de extensão na Escola de Design e contará com a participação de alunos em seu desenvolvimento. Os filmes da Pajé Filmes podem ser assistidos no canal da produtora no YouTube: https://www.youtube.com/@Pajefilm. O lançamento de Kakxop Pahok, as crianças cegas está previsto para o ano que vem. A lista completa de projetos aprovados no Rumos Itaú Cultural pode ser conferida no site: https://itaucultural.org.br/secoes/noticias/rumos-2023-2024–conheca-os-projetos-selecionados

 

     

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