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Recomeçar: Revista Raio X Lança Primeira Edição com Talentos da Escola de Design

A primeira edição da revista, intitulada “Recomeçar”, celebra a retomada dos projetos após o período da pandemia e a mudança para o espaço da Praça da Liberdade.

A Revista Raio X, uma revista digital ligada ao Núcleo de Ilustração e Quadrinhos (NIQ+) do Centro de Estudos em Design da Imagem (CDI) da Escola de Design da UEMG, surge em 2019, com o objetivo de apresentar para a comunidade acadêmica os projetos desenvolvidos pelos alunos da ED, proporcionando reconhecimento e dando visibilidade aos trabalhos ao criar uma biblioteca de referências para os atuais e futuros estudiosos do design.

A origem do nome da revista se deu devido a um equívoco ocasionado pela abreviação do nome “Centro da Imagem”: frequentemente, o centro de estudos recebia ligações e e-mails de pessoas que procuravam serviços de radiografia. Sabe-se que um exame de Raio X tem o intuito de mostrar o nosso esqueleto, a nossa base estrutural, e a revista recomeça com esse objetivo: manifestar a importância das ideias dos alunos para a universidade. A partir disso, o termo conectou-se naturalmente com a revista, com o NIQ+ e o próprio CDI, criando uma relação entre esses elementos e as abordagens do Raio X.

Após três anos, a revista Raio X, desenvolvida pelos professores Paulo Cruz, Luhan Dias e por alunos de diversos cursos da Escola de Design, lança a sua primeira edição, intitulada “Recomeçar”, relembrando o contexto turbulento e os desafios em que a revista iniciou os projetos, com a mudança do espaço físico da Escola de Design para a Praça da Liberdade e o fim da pandemia de COVID-19.

A ilustração da capa desta edição foi desenvolvida pela aluna do curso de Design Gráfico, Marina Matsuda, e representa o retorno dos estudantes da Escola de Design ao ensino presencial após dois anos de distanciamento social e ensino remoto emergencial.

Processo criativo da ilustração da capa pela aluna Marina Matsuda. Reprodução do site Revista Raio X.

Marina compartilha sobre seu processo de criação:

“Gosto de trabalhar num caos organizado, acho que o misto entre bases sólidas e experimentação é sempre propício para evoluir como artista, então aproveitei a oportunidade para testar algumas coisas novas! Primeiramente, a famigerada (e temida) Metodologia do Design. Embora eu odeie admitir, é incrivelmente útil (Double Diamond, essa é pra você) e me poupa muito tempo trabalhando com as ilustras em comissions e até em projetos pessoais, então vamos ao resumo dos passos de sempre: Referências -> Geração de ideias e sketches -> Escolha e refinamento -> Renderização.

Para as novas ideias, pensei em como incorporar o logo da RAIO X em todo o desenho, além da camiseta da personagem, e resolvi desenvolver um tique que sempre tive como artista: enfiar cor onde não era pra ter. Assim surgiram os contornos em verde chocante nas nuvens (meus grandes amores), construções, roupas e folhagens. Também tenho um espaço no coração especial para backgrounds e truques de iluminação, então gastei meu tempo renderizando tudo com carinho.”

A Revista Raio X é uma celebração da criatividade e resiliência da comunidade da Escola de Design. Sua primeira edição conta com ilustrações, Pixel Arts, uma matéria exclusiva sobre Fotoquadrinhos escrita pelo professor Luhan e muito mais!

Acesse a primeira edição da Revista Raio X e saiba mais!

E-mail para Curadoria: raiox.curadoria@gmail.com
Instagram da Revista Raio X
Instagram do NIQ+

Contabilização de horas de Atividades de Extensão

Estudantes que ingressaram no ano de 2021, com previsão de conclusão do curso no fim deste semestre vigente, 2º/2024, já podem enviar os certificados e comprovantes para contabilizar horas de Atividade de Extensão Universitária para o e-mail extensao.design@uemg.br

Fiquem atentos aos certificados enviados, para garantir que sejam enviados os que contabilizam horas de extensão. Certificados de ouvinte de palestras, horas excedentes de estágio obrigatório, visitas a exposições e mostras não contabilizam horas de extensão e sim Horas de Atividades Complementares.

No e-mail devem conter os arquivos, seu nome completo, curso, turno e número de matrícula.

Em caso de dúvidas, acesse as tabelas e veja quais certificados enviar.

OBS: Não responda ao e-mail enviado pelo CENEX. Envie um novo e-mail, com assunto especificado, suas informações completas e os certificados em anexo.

Veja nas tabelas abaixo o tipo de atividade que é contabilizada em cada categoria:

Fotografar para Preservar: Aluna da UEMG capta a essência dos congados mineiros e leva prêmio nacional

A fotografia, muitas vezes, vai além de uma simples imagem. Ela pode ser uma ferramenta poderosa para contar histórias, documentar a realidade e preservar a memória. Lorena Nicácio, aluna de Design Gráfico na Escola de Design da UEMG, venceu o concurso “Fotografar para Preservar” com uma foto que celebra a tradição dos congados mineiros.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em parceria com o Observatório Lei.A, realizou a terceira edição do Concurso de Fotografia “Fotografar para Preservar”, com o tema “Vivências: um olhar sobre a Identidade Mineira”. A iniciativa estimulou os participantes a registrarem a diversidade cultural de Minas Gerais, valorizando o patrimônio material e imaterial do estado.

A foto que venceu o concurso não foi fruto de uma busca intencional, mas sim de um encontro em meio à celebração dos congados mineiros, que aconteceu no Palácio da Liberdade. Lorena teve seu olhar capturado por uma cena peculiar: um senhor, com uma câmera digital antiga nas mãos,também imerso no registro da festa. “A cena dele com sua câmera digital nas mãos, tal como as dos primeiros modelos lançados, vinte anos atrás, atento, registrando tudo, me pareceu uma espécie de quadro, um recorte do passado ilustrado bem ali, à minha frente.” Aquele instante, a união entre a tradição dos congados, a fotografia como afeto e registro, representada por aquele homem. Ela fez o registro e talvez também tenha sido fotografada por ele.

Lorena Nicácio, aluna de Design Gráfico na Escola de Design da UEMG, venceu o concurso “Fotografar para Preservar” com uma foto que celebra a tradição dos congados mineiros.

Naquele momento, tomada pelo trabalho, não foi possível obter mais informações sobre o senhor ou a irmandade. Mas a imagem chamou sua atenção, a ponto de ela compartilhá-la nas redes sociais, na tentativa de identificar aquele homem que se destacou na multidão. “Para minha surpresa, a publicação viralizou e, em poucas horas, a Secretaria de Cultura e Turismo entrou em contato, identificando a Irmandade de Marujo Moçambique Nossa Senhora da Guia e São Jorge Guerreiro. Descobri, então, que o homem misterioso era João Batista dos Santos, carinhosamente conhecido como Senhor João. A partir daí, uma série de portas se abriram. Fui convidada pelo coordenador do setor de Patrimônio Cultural de São Gonçalo do Rio Abaixo para uma exposição na cidade e terei a oportunidade de conhecer pessoalmente o Senhor João, explorar seu acervo fotográfico e aprofundar minha conexão com a rica história da irmandade.”

Lorena explica que a escolha de uma fotografia para um concurso nunca é simples e o recente reconhecimento dos congados como patrimônio cultural em Minas Gerais direcionaram seu olhar para o tema. A decisão final foi desafiadora, levando em consideração a quantidade de imagens que havia capturado, mais de duas mil. “A cena inusitada do fotógrafo imortalizando sua própria história e a de seus antepassados chamou minha atenção e se alinham perfeitamente com o tema ‘Fotografar para Preservar”, afirmou Lorena.

Para Lorena, vencer este concurso, além do reconhecimento financeiro, foi um verdadeiro recomeço. A pandemia abalou profundamente o setor de eventos, e por um momento, ela pensou em desistir da fotografia, mas, agora, este prêmio colaborou para reacender a paixão e a confiança em sua própria carreira.

Para Nicácio, a Escola de Design foi fundamental nessa jornada. A proximidade com professores como João Caixeta, Rogério de Souza, Tatiana Pontes e Cláudio Santos, cada um à sua maneira, ajudaram a moldar seu olhar, incentivando a busca pela excelência. Para Lorena, suas aulas e o ambiente criativo da escola foram decisivos para que eu chegasse até aqui.

Lorena afirma que a ausência de registros fotográficos profissionais de muitas manifestações culturais, como os congados e reinados, é uma lacuna significativa na documentação do patrimônio imaterial. Com o olhar de fotógrafa e produtora cultural, ela entende a necessidade de preencher essa lacuna e oferecer um serviço de qualidade a essas comunidades.

Ela planeja ainda desenvolver um projeto que vá além da fotografia, ajudando a criar materiais de divulgação que possam ser utilizados para contribuir na educação patrimonial, para que cada vez mais pessoas possam conhecer e se conectar com a história e a importância dos congados e reinados, contribuindo para a sua preservação e valorização.

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