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Professor Wadson Amorim abre evento organizado pela FIEMG/SENAI/SINDIVEST-MG/AMEM apresentando sua pesquisa “D-IA: Design com Inteligência Artificial”

O professor Wadson Amorim participou como palestrante no evento Training Day, voltado para trabalhadores da indústria da moda. Organizado pela FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), SINDIVEST-MG (Sindicato das Indústrias do Vestuário de Minas Gerais) e AMEM (Associação Mineira de Empresas de Moda). O evento aconteceu na manhã do dia 20 de julho, no auditório da FIEMG, e reuniu diversos profissionais e especialistas do setor.

Reconhecido por seu trabalho inovador no campo da transformação digital, o professor apresentou resultados da sua pesquisa “D-IA: Design com Inteligência Artificial”. Durante sua palestra, ele discutiu como a IA está transformando o processo criativo no design de moda, proporcionando novas ferramentas e possibilidades para estilistas e marcas. Sua abordagem destacou a colaboração entre a criatividade humana e a inteligência computacional, ressaltando os benefícios e desafios dessa integração.

Além do professor Wadson, o evento contou com a participação de Pedro Rabelo, CEO da plataforma Bagy, Flávia Oliveira, mentora e palestrante especializada em estratégias de marketing e gestão, e Joy Alano, estilista, influenciadora e mentora em marketing e vendas, que ofereceram suas visões sobre tendências e estratégias de mercado.

O evento também contou com a presença do presidente do SINDIVEST-MG, Rogério Vasconcellos,  da consultora técnica do SENAI-MG, Herika Sendas, e com a mediação da Viviane Assunção, que é egressa da ED-UEMG e lidera ações voltadas para o desenvolvimento da indústria da moda no Instituto Euvaldo Lodi.

 

Palestra Wadson Amorim

Wadson Amorim, Rogério Vasconcellos (Presidente Sindivest), Joy Alano, Flávia Oliveira

Produtores do evento e palestrantes

 

O Training Day foi uma oportunidade única para profissionais da moda se atualizarem sobre as últimas tendências e tecnologias que estão moldando o futuro da indústria. A presença de especialistas, proporcionou um ambiente de aprendizado e troca de experiências, contribuindo significativamente para o desenvolvimento profissional dos participantes.

A relação entre academia e indústria, destacada na palestra do professor Wadson Amorim, é fundamental para o avanço e inovação no setor da moda. Pesquisas acadêmicas introduzem novas técnicas, materiais e avanços tecnológicos que, quando aplicados no mercado, podem revolucionar processos e produtos. Essa interação proporciona um fluxo contínuo de conhecimento, beneficiando tanto a academia quanto a indústria, além de promover a formação de profissionais mais preparados e alinhados com as demandas atuais.

Pesquisadores da Escola de Design publicam mais um artigo científico sobre prevenção da violência em escolas públicas

Os pesquisadores Yan Liszt Ximenes Medeiros (CEDTec e TipoLab), Suéllen Mota Marques Costa (CEDTec), Cláudio Santos Rodrigues (TipoLab) e Rita de Castro Engler (CEDTec), publicaram em junho de 2024 o artigo Grafic Design for Violence Prevention in a Public School (Design Gráfico para Prevenção da Violência em uma Escola Pública), no periódico científico Mix Sustentável, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), classificado como A3 no QualisCAPES.

O trabalho consistiu em planejar, implementar e avaliar ações para prevenir a violência em uma escola pública brasileira, em consonância com o 16º objetivo da Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável. Para quem acredita que o Design Gráfico pode ajudar a resolver esse relevante problema, o trabalho está disponível para download gratuitamente no website: DESIGN GRÁFICO PARA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA EM ESCOLA PÚBLICA | MIX Sustentável

Os autores agradecem a Patrícia Rodrigues Martinez, Danielle Lagares Bicalho, Thiago Ocelli Biaggio (Destro), Luísa Santos, Lorraine Gamman, Adam Thorpe, Francesco Mazzarella, Chryssi Tzanetou e ao PAPq-UEMG pelo aporte financeiro.

Projeto Sabiá de design automotivo completa 30 anos

O projeto Sabiá teve início em 1993, motivado por um convite feito à Escola de Design (ED) da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) pela Shell France. A proposta era desenvolver um carro de design diferenciado para representar o Brasil na Shell Marathon, uma competição promovida pela empresa multinacional para carros mais econômicos. Não só a estética, mas também a aerodinâmica eram fatores fundamentais para um veículo voltado para maratonas de economia energética.

Atualmente Professor Emérito, José Jairo Drummond Câmara, aposentado da Escola de Design, coordenou o projeto no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design e Ergonomia (CPqD) da instituição, no início contando apenas com financiamento da própria Escola, além do apoio de pais de alunos da ED que financiavam quesitos como as passagens para os eventos em que os pesquisadores da equipe participavam.

Maio 1994, Flávio Pinho e Gilberto nas oficinas da FUMA.

A primeira competição foi na França em 1994, com um protótipo totalmente concebido no CPqD, ocasião em que receberam o Prêmio de Honra do Design, pelo modelo Sabiá 1. A equipe repetiu a participação na maratona da Shell em 1995, 2000, 2002, 2004 na França e em 2009 novamente nos Estados Unidos. Na edição francesa o modelo Sabiá 3 foi escolhido o mais bonito pelo júri e foi agraciado com o Prêmio Especial de Design para Equipe Estrangeira.

Apresentação para a imprensa do Sabiá 1 do lado do Coreto na Praça da Liberdade.

Em 2009, o modelo Sabiá 6, que fazia 97.3 km/litro, ganhou o primeiro lugar na categoria de Design Inovador. Em 18 de abril, estavam inscritos para a disputa mais de 500 alunos, organizados em 44 equipes, oriundos de escolas de ensino médio e de universidades das Américas do Norte e do Sul, incluindo países como Canadá, Brasil, México e Estados Unidos; além de uma equipe indiana, especialmente convidada.

Pintado na cor laranja e equipado com motor de cortador de grama, o Sabiá 6, que contou com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), é inspirado em modelos de carros da marca Bugatti da década de 1930 e no Homem de Ferro, o super herói das histórias em quadrinhos. Seu protótipo fica em exposição permanente com outros cinco do projeto no hall da Escola de Design na Praça da Liberdade.

Cartaz da 10 Marathon Shell, França, 1994.

Pelo feito na Califórnia em 2009, a equipe recebeu da Shell Oil Company um prêmio que “representou um atestado de qualidade e de capacidade da UEMG e de Minas Gerais”, como avaliou à época o professor Jairo Drummond. “Conseguimos mostrar nosso produto em escala mundial”, atestou ainda. O reconhecimento da Shell foi inspirador: nos próximos anos mais de 40 outras premiações vieram em várias partes do mundo para projetos em design automotivo desenvolvidos por professores e alunos no CPqD da Escola de Design.

Apresentação de papers e participações em conferências na Croácia, Mônaco, França, Argentina e China, além de uma participação na InovaTec, que é considerado o maior evento brasileiro de inovação tecnológica, foram ainda frutos colhidos pelo projeto, que é um dos de maior repercussão da Escola de Design da UEMG. Tudo isso faz com que o projeto Sabiá seja um símbolo de inovação, criatividade e arrojo, e de como não há limites para o talento dos designers mineiros.

 

Maio 1994, Mônica, a piloto e o molde do Sabiá 1 mas oficinas da FUMA.

Na quadra de vôlei da antiga ESAP-FUMA, que virou a Escola de Design da UEMG, na Av. Amazonas onde hoje é o Expominas, 1994.

28 maio 1994, Circuit Paul Ricard, Le Castelet na Provence francesa.

28 maio 1994, Circuit Paul Ricard, Le Castelet em Provence, França.

Maio 1994, Montagem da Carroceria do Sabiá 1 na FIBRAER.

1994, o Sabiá 1 na reta de largada do Circuito Paul Ricard (onde ocorrem hoje os GPs de Formula 1 na França), em Le Castelet na Provence francesa.

Conceito do Sabiá 1 foi concebido no Mac Draw por José Jairo Drummond Câmara.

Revista francesa Auto Plus, nº 300, de 07 de junho de 1994.

Jornal Diário da Tarde de 17 de junho de 1994.

Fotos: Arquivo pessoal do professor José Jairo Drummond Câmara.

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