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Segunda edição da Mostra de Cutelaria Artesanal Mineira aconteceu no Espaço Cultural da Escola de Design

Neste último fim de semana o Espaço Cultural da Escola de Design (ECED) da UEMG recebeu cuteleiros de várias regiões do estado para expor, comercializar e debater uma considerável amostragem da produção em cutelaria no estado.
Os cuteleiros vieram de regiões como Esmeraldas, Itatiaiuçu, Pedro Leopoldo e Contagem, além de Belo Horizonte. Júlio Bittner, André Ferreira, Arthur Lage, Francisco Brum, Heleno Cunha, Hugo Grochoeller, Humberto Brito, Iel Queiroz, Rony Rudy, Nelson Veras, Rubens Alves Bicalho e Yann Pavão são os nomes que compuseram o time de artesãos mineiros da Mostra.

Fotografia por Luiza Prado

Durante os dois dias, além de exposição e venda de facas artesanais em estandes, houve também oficina de apresentação de forja, com Iel Queiroz: uma forja movida a gás, bigorna, marretas, tenazes e outros instrumentos recriaram uma oficina de cutelaria na entrada do Espaço Cultural. Espectadores puderam assistir e interagir com Iel enquanto ele forjava peças em aço, incluindo uma pequena adaga.

Fotografia por Luiza Prado

Na oficina de afiação, Yann Pavão, que já foi primeiro lugar no campeonato brasileiro de corte MIC 2022, ensinou todos os detalhes para se obter o melhor fio das facas e outros tipos de lâminas. Geometria das lâminas, formação e remoção de rebarbas, até quando afiar, cuidados com o fio, granulometria e teste de cortes foram alguns dos temas abordados na oficina.

Fotografia por Luiza Prado

No cartaz, a II Mostra de Cutelaria prestou homenagem a Rony Rudy, que desenvolve um trabalho muito original, tanto em lâminas, quanto em bainhas. Ex-tatuador e ex-professor de artes marciais, com especialização em manuseio de lâminas orientais, Rony Rudy trouxe para a cutelaria sua expertise em desenho e o interesse por artefatos de origem japonesa e chinesa.No domingo às 15h Rony Rudy proferiu palestra sobre sua trajetória na cutelaria, revelando aspectos de sua produção, como materiais e processos de que mais se utiliza. Rony contou que teve a oportunidade de conhecer o lendário cuteleiro Antal Bodolay, imigrante húngaro que atuou em Belo Horizonte desde a década de 1960. Foi da aproximação com o filho de Bodolay que aprendeu técnicas básicas e passou a ter a cutelaria como um hobby. Com o tempo a cutelaria foi exigindo mais dedicação e atualmente ele se aplica a ela em tempo integral. “Uso minha criatividade e experiência no manuseio das lâminas chinesas e como tatuador para fazer minhas facas, e criei um estilo único de fazer bainhas.”

Fotografia por Luiza Prado

A II Mostra de Cutelaria Artesanal Mineira foi mais uma ação do projeto “Cutelaria mineira: o design de lâminas artesanais no estado de Minas Gerais”, desenvolvido na Escola de Design, com apoio do edital 16/2023 do Programa Institucional de Apoio à Pesquisa (PAPQ) da UEMG, e coordenado pelo professor Charles Bicalho. Teve a parceria do Laboratório de Ensaios, Modelagem e Prototipagem (LEMP) da Escola de Design da UEMG. E conta com o apoio do Centro de Estudos Multissensoriais Aplicados (CEMA) da Escola de Design da UEMG; da Associação de Cutelaria Artesanal Mineira (CARMIN); do Fio das Gerais – Museu da Cutelaria; e do MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal.

Eduardo Moreno, ex-aluno da Escola de Design da UEMG, transforma paixão em joias exclusivas para Karol Conká

O designer Eduardo Moreno, formado em Design de Produto pela Escola de Design da UEMG em 2020, trilhou um percurso profissional que culminou na criação de joias exclusivas para a artista Karol Conká.

A passagem pela Escola de Design da UEMG foi essencial para o desenvolvimento de Eduardo. “Foi na faculdade que eu pude me encontrar como profissional, lapidar minhas habilidades e canalizar toda a minha criatividade”, afirma ele. A formação qualificada na ED, com seu foco em design inovador e criativo, proporcionou a Eduardo as ferramentas necessárias para transformar suas ideias em realidade e construir uma carreira de sucesso.

Especializado em modelagem 3D e design de joias, Eduardo busca, através de suas criações, celebrar a arte, a cultura e a individualidade. Em 2022, ele criou uma pulseira personalizada para Iza, que incorpora detalhes de sua trajetória musical e de sua personalidade marcante. Esta peça sob medida combinou materiais nobres com elementos modernos, resultando em um acessório único que reflete a admiração do designer pela artista.

“Quando entreguei as joias para a Karol, me senti extremamente realizado. Ver meu trabalho, minha criação, nas mãos de uma grande artista como ela é magnífico. Vai além da esfera profissional; toca a esfera emocional também. É muito gratificante ver a idealização ganhar forma e se tornar realidade. E saber que ela amou a peça é ainda mais emocionante para mim como profissional do Design.”

Para conhecer mais sobre o trabalho dele, acesse seu perfil no Instagram: https://www.instagram.com/euedu.design/

 

Desenvolvendo a criatividade e a resolução de problemas no Design

A disciplina de Processo Criativo, no curso de Design de Produto, lecionada pela professora Ana Luiza Cerqueira, adota uma abordagem prática e inovadora, baseada no “aprendizado por meio de exemplos”. Ao longo do curso, os alunos são desafiados a resolver problemas de design cada vez mais complexos, desenvolvendo habilidades como criatividade, pensamento crítico e trabalho em equipe.

Uma das etapas iniciais do processo criativo nesta disciplina é a definição do tema do projeto. A professora Ana Luiza Cerqueira utiliza uma dinâmica de brainstorming para estimular a participação dos alunos e gerar um grande número de ideias. Os temas propostos pelos alunos são variados e refletem os acontecimentos atuais, como as Olimpíadas, tema dos trabalhos deste semestre.

Após a geração de ideias, ocorre uma votação para a escolha do tema principal do projeto. Essa abordagem democrática permite que os alunos se sintam mais engajados e motivados com o tema escolhido. Em seguida, a turma define as cores que melhor representam o tema, utilizando novamente a técnica de votação.

Por meio de projetos como estes, os estudantes desenvolvem habilidades para identificar problemas, analisar informações e encontrar soluções inovadoras. A apresentação dos projetos exige o desenvolvimento de habilidades de comunicação eficazes, tanto oral quanto escrita.

 

Fotos de: Lucas Kuster, Heleno Nazareth, Gustavo Vinicius, Sofia Gonzaga, Adriano Heroito e Clara Andrade

Fotos de: Lucas Kuster, Heleno Nazareth, Gustavo Vinicius, Sofia Gonzaga, Adriano Heroito e Clara Andrade

 

A disciplina utiliza diversas metodologias, como o Design Thinking, para estimular a criatividade e a inovação. Além disso, a metodologia CPS (Complexo, Adaptativo e em Constante Mudança) é aplicada em projetos práticos, proporcionando a oportunidade de vivenciar a dinâmica do trabalho em equipe em um ambiente real de projeto.

A formação em design proporciona uma visão integrada do processo de criação, desde a concepção de ideias até a produção final. Essa formação é fundamental para atuar em diversas áreas, como design de produto, design gráfico, design de interiores e design de experiência do usuário.

O projeto com as duas turmas de Design de Produto resultou em uma mostra, que estará disponível até o dia 19 de agosto, no mezanino do hall da Escola de Design da UEMG.

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