Ir para conteúdo

Encontro de cultura gráfica e exposição sobre tipografia movimentaram a Escola de Design e diversos lugares de Belo Horizonte

Aconteceram conjuntamente na Escola de Design da UEMG, de 14 a 16/09, o I Encontro da Rede Latino-americana de Cultura Gráfica e o III Rastros Leitores – Seminário Internacional da Edição e do Livro. Como afirma a Comissão Organizadora, ambos os eventos “têm em vista discursos e práticas na área da cultura gráfica, edição, livro e leitura na América Latina, no amplo campo de seus desdobramentos disciplinares — história do livro, história da leitura, cultura escrita, cultura impressa, cultura gráfica, patrimônio gráfico, patrimônio bibliográfico, bibliografia material, cultura visual, design gráfico e outros.”

 

 

Estudos históricos, teóricos e críticos, aspectos materiais e visuais, bem como narrativas, arquivos, patrimônio e conservação, foram temas abordados sobre a cultura gráfica e a tipografia por especialistas, pesquisadores e artistas locais, nacionais e internacionais, em palestras, comunicações e conferências. Lançamento de livros e exposição, também compuseram o rol de atrações.

A abertura oficial, que aconteceu na Academia Mineira de Letras, contou com a presença do professor da ED e co-organizador do evento, Sérgio Antônio Silva, e de Ana Elisa Ribeiro e Paula Renata Moreira, co-organizadoras e professoras do CEFET. Na ocasião, aconteceu uma conferência híbrida, com a participação da professora da UFMG, Ana Utsch, e de Marina Garone Gravier, da UNAM-México, ambas co-fundadoras da Rede Latino Americana de Cultura Gráfica.

Fazendo parte do Encontro, aconteceu a exposição Cartografia da Tipografia em Belo Horizonte, no Espaço Cultural da Escola de Design (ECED) da UEMG. Com curadoria do professor da ED, Cláudio Santos, e de Flávio Vignoli, a exposição apresentou um mapa de lugares e pessoas que permanecem utilizando a tipografia em projetos contemporâneos e pesquisas em torno do patrimônio e da memória gráfica em nossa cidade.

Ficaram expostas na grande galeria do ECED peças gráficas impressas de vários autores, bem como teses e dissertações desenvolvidas na Escola de Design tendo como escopo o tema da tipografia. Também compôs a exposição parte da coleção de equipamentos do TipoLab, o Laboratório de Tipografia da ED.

A partir das pesquisas dos curadores, participaram a Tipografia Matias e a Delfino Artes Gráficas, que desenvolvem de forma colaborativa a produção de edições e impressos artesanais de designers, artistas gráficos, editores e poetas. Também a Tipografia do Zé e a 62 pontos com as suas permanentes publicações, experimentações, parcerias e oficinas. Além da Papelaria, personagem histórica do mercado gráfico popular, ponto de comercialização, encontros e eventos, localizada no Mercado Novo.

 

 

Marcaram presença também na exposição os grupos de pesquisa NECI, da UFMG, o acervo de projetos tipográficos históricos e contemporâneos como o Museu Vivo Memória Gráfica da UFMG, Sônia Queiroz, Rafael Neder, Máximo Soalheiro, Aerográfica, Paulo Lisboa, Fernanda Goulart, Mordida Gráfica e Agatha Araújo.

Atualmente Belo Horizonte se destaca no cenário nacional por uma continuada produção, divulgação e reflexão da tipografia com muita qualidade e diversidade. O evento contou ainda com participantes de vários estados do Brasil, como Bahia, Brasília/DF, Espírito Santo, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e Rio Grande do Sul. As presenças internacionais abrangeram integrantes da Argentina, Colômbia, México, Chile e Peru.

Em torno de 80 pessoas puderam vivenciar diferentes experiências através de um circuito pela cidade, que contou com o lançamento de uma plaqueta da Editora Noa Noa, na Papelaria Mercado Novo, com a presença de Maria Elizabeth, do Instituto Casa Cléber Teixeira. Nos outros dias aconteceram visitas técnicas à Tipografia Oficina Museu do Centro Cultural da UFMG e à Tipografia Matias, com a presença do mestre. O tour foi finalizando na Tipografia do Zé, com o ateliê aberto do coletivo 62 pontos.

O I Encontro, o III Rastros e a exposição no ECED foram um bom começo para se conhecer o mapa da cultura gráfica e da tipografia, tanto regionalmente quanto na América Latina.

Abertura e colóquio da exposição sobre o designer e arquiteto Bernardo Figueiredo ocorreu no Espaço Cultural da Escola de Design

Ocorreu no último dia 05 o coquetel de abertura da exposição “Bernardo Figueiredo: designer e arquiteto brasileiro”, no Espaço Cultural da Escola de Design (ECED) da UEMG. Para convidados, a abertura contou com a presença de Angela Figueiredo, filha de Bernardo, produtora cultural e uma das organizadoras da exposição. Também Mila Rodrigues, curadora da Schuster Móveis, empresa do Rio Grande do Sul que atualmente reedita as obras do arquiteto e que forneceu os exemplares em exposição no evento (todas os móveis podem ser experimentados pelos visitantes).

A mostra conta com 23 peças criadas por Bernardo Figueiredo nos anos de 1960, além de fotos de ambientações da época e réplicas de desenhos originais de projetos urbanísticos. Está organizada em uma linha do tempo com datas e eventos importantes, além de desenhos e fotos de suas criações em design de móveis e arquitetura. Trechos de vídeos também compõem o acervo.

Está programada para o dia 14, às 19:30h, a exibição de dois filmes de curta-metragem de Angela Figueiredo sobre a obra do pai. Esta será uma edição especial do Cine Vista, evento de projeção cinematográfica no mirante da Escola de Design.

Na abertura discursaram a diretora da Escola de Design da UEMG, professora Heloísa Santos, a coordenadora do Espaço Cultural, professora Maria Lúcia Machado, responsável por trazer a exposição ao ECED, além de Wilson Schuster, diretor da Schuster Móveis. O coquetel contou ainda com a presença ilustre de um membro da banda Titãs, Branco Mello, que é esposo de Angela Figueiredo.

Estavam presentes também a presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Minas Gerias (CAU-MG), Edwiges Leal; a diretora acadêmica da Associação Brasileira de Designers de Interiores de Minas Gerais (ABD-MG), Laura Camargos; o vice-cônsul da Itália, Riccardo D’Andrea; a assessora do gabinete da presidência do Circuito Liberdade, Natalie Oliffson, e Cristiany Henriques, da Accervo Design, representante da Schuster em Belo Horizonte.

Já na sexta-feira, dia 07, de 10 às 12:30, ocorreu o colóquio homônimo à exposição. Visando celebrar a vida e debater a obra do arquiteto homenageado, participaram especialistas em arquitetura e design, dentre eles alguns estudiosos da obra de Figueiredo, como Maria Cecilia Loschiavo, Karen Matsuda e Giancarlo Latorraca (da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP), Maria Lucia Machado e Rita Aparecida da Conceição Ribeiro (da Escola de Design da UEMG), bem como a própria Angela Figueiredo. Certificados foram emitidos para o público participante..

A exposição “Bernardo Figueiredo: designer e arquiteto brasileiro” fica na grande galeria do Espaço Cultural da Escola de Design até o dia 06 de agosto, às terças, quartas e domingos, de 13 às 18h, e de quinta a sábado, de 13 às 20h. A entrada é gratuita.

 

Quer saber mais? Assista aos vídeos abaixo:

Matéria da TV PROMOVE SOBRE A EXPOSIÇÃO:https://www.youtube.com/watch?v=pJICje08TDM&t=306s

Matéria do AGENDA da Rede Minas: https://www.youtube.com/watch?v=j7fkEnkyY9g

 

I Encontro Internacional da Rede Latino-americana de Cultura Gráfica

I Encontro Internacional da Rede Latino-americana de Cultura Gráfica
III Rastros Leitores – Seminário Internacional da Edição e do Libro

Cultura gráfica na América Latina: história, crítica, processos, desafios e perspectivas

Escola de Design da UEMG
Belo Horizonte, 14 a 16 de setembro de 2023 (modalidade presencial)

CONVOCATÓRIA

Os estudos sobre a cultura gráfica latino-americana, em suas diversas vertentes, têm se intensificado significativamente nos últimos anos. Interações interdisciplinares e contatos acadêmicos regionais têm dado origem a publicações e encontros de grande qualidade, riqueza e abrangência temática. A fundação da Rede Latino-Americana de Cultura Gráfica – Rede-CG, em 2017, foi em parte resultado dessa atividade e, ao mesmo tempo, construtora e promotora de novos fluxos de comunicação e novos estudos em um campo diverso e heterogêneo. Desde a sua criação, a Rede tem contribuído para dar visibilidade a projetos, cenários, profissionais e instituições que estudam, preservam e divulgam um imenso patrimônio gráfico e bibliográfico.

As interações e parcerias relacionadas aos estudos de cultura gráfica, livro e edição também geraram encontros como o Rastros Leitores, que teve versões realizadas no Chile e no Uruguai, em 2018 e 2020 respetivamente. Em 2023, o evento está sediado em Belo Horizonte e congrega pesquisadores e pesquisadoras de temas muito afins com o que vem sendo debatido e construído pela Red-CG, também no âmbito da América Latina.

Embora a virtualidade seja um dos principais canais de divulgação e o período da pandemia tenha refinado e consolidado a rotina das tecnologias de comunicação digital, percebemos a necessidade de um encontro presencial, tanto da Rede-CG quanto do Rastros Leitores, que possibilite o conhecimento e a troca face a face entre os que produzem e desenvolvem projetos, ideias, ações e pesquisas relacionados aos modos de produção, circulação, apropriação e conservação da cultura impressa na América Latina em suas diversas manifestações.

Convocamos, portanto, para este grande encontro, que visa a mapear discursos e práticas na área da cultura gráfica, edição, livro e leitura na América Latina, no amplo campo de seus desdobramentos disciplinares — história do livro, história da leitura, cultura escrita, cultura impressa, cultura gráfica, patrimônio gráfico, patrimônio bibliográfico, bibliografia material, cultura visual, design gráfico e outros. Assim, esperamos que estes encontros possibilitem a reflexão e o debate sobre as especificidades latino-americanas, e facilitem cruzamentos e trocas de perspetivas e enfoques, permitindo, assim, a construção de futuros projetos conjuntos.

Esse contexto da Rede-CG e dos Rastros Leitores tem a cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, como um polo e um importante nó em suas conexões. É de se considerar, na cidade, instituições, professores, pesquisadores, editores, estudantes e profissionais das artes gráficas, artes visuais, design gráfico, Letras e Comunicação que aderiram à proposta, neste momento de produção propício, com trabalhos de excelência vindo a público. Na conceção e programação dos eventos e na constituição de parcerias com agentes locais da área gráfico-editorial, procuramos incorporar um pouco desse cenário belo-horizontino, com o propósito de enriquecer o encontro.

Eixos temáticos:

  1. 1 Estudos históricos ou teóricos críticos sobre objetos impressos e editoriais (livros, periódicos, impressos efêmeros, livros digitais), em aspetos de processos de produção material e intelectual, tecnologias gráficas, processos de impressão, divulgação e apropriação de leitura na América Latina ou em outras regiões em relação ao nosso continente. Produtores, criadores, intermediários, empresas, instituições.
  2.  Aspetos materiais e visuais dos impressos, cultura visual e design, tipografia, imagens, suportes. Características históricas, culturais ou políticas das representações e modalidades estéticas do impresso.
  3.  Narrativas latino-americanas, estudos decoloniais e de gênero: pensar o latino-americano, mulheres produtoras, edição negra e indígena. Transnacionalidade, interculturalidade, multilinguismo. Tensões entre o local, o regional, o nacional.
  4.  Arquivos, patrimônio, repositórios. Histórias, técnicas e problemas de salvaguarda e preservação da cultura gráfica. Conservação e valor social.

Os membros da Rede-CG estão convidados, assim como outros interessados, a apresentar propostas sobre aspetos da cultura gráfica na América Latina ou em outras regiões em relação à América Latina.

Os trabalhos podem ser submetidos em duas modalidades:

a. Trabalhos que apresentem um tema de investigação concluído ou em curso, destinados a uma apresentação oral de 20 minutos. Trabalhos individuais ou em grupo, de até dois autores.
b. Exposições individuais ou coletivas (equipa de trabalho) apresentando um projeto laboratorial, experimental, tarefa de conservação ou restauro do patrimônio gráfico, ou uma experiência pedagógica com um tempo de exposição de 10 minutos.

A inscrição deve ser feita através da plataforma digital Even3, basta clicar no link

Na submissão, pede-se um Resumo (entre 600 e 800 palavras), em que devem ser explicados tema, objetivos, método, principais hipóteses e resultados (ou adaptações desses quesitos).

São aceitas propostas em português e espanhol.

As propostas serão avaliadas pela Comissão Científica.

Data limite de envio de resumos: 26 de maio de 2023.

 

Organização:Rede Latino-Americana de Cultura Gráfica
Programa de Pós-Graduação em Design da Universidade do Estado de Minas Gerais – PPGD-UEMG
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Centro de Investigaciones en Arte y Patrimonio, CONICET-UNSAM, Argentina

 

 

Você está sem conexão com a internet