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Professor da Escola de Design tem projeto aprovado em edital nacional para produção audiovisual

O professor da Escola de Design da UEMG, Charles Bicalho, foi um dos 100 selecionados, dentre 9.389 inscritos, da vigésima edição do edital Rumos Itaú Cultural 2023-24 na categoria Curta-metragem de Animação. O professor vai concluir a produção do filme Kakxop Pahok: as crianças cegas, projeto desenvolvido junto ao povo indígena Maxakali (Tikmû´ûn) de Minas Gerais. Kakxop Pahok será a terceira animação que Bicalho desenvolve com os Maxakali e completará uma trilogia iniciada com Konâgxeka: o dilúvio Maxakali (2016) e Mãtãnãg, a encantada (2019).

A produção audiovisual do professor Charles em parceria com os Maxakali é fruto de pesquisas desenvolvidas há mais de vinte anos, desde a graduação, passando pelo mestrado, doutorado e pós-doutorado do pesquisador. O professor registra a tradição literária oral do povo Maxakali através de processos de gravação em áudio das histórias e cantos tradicionais em língua Maxakali, com sua subsequente tradução para a língua portuguesa e eventualmente a transformação de enredos em roteiros cinematográficos.

No início de suas pesquisas o professor Bicalho tinha foco na literatura impressa, tendo publicado uma dezena de livros na língua Maxakali com projetos gráficos criados pelos próprios indígenas, material que os nTikmû´ûutilizam em suas escolas dentro das reservas. Diante da riqueza imagética dessa tradição oral, o pesquisador resolveu apostar na produção audiovisual e fez as primeiras experiências em filmes documentários: os Maxakali filmavam principalmente seus rituais religiosos, que o professor editava e finalizava. Assim, em 2008 foi fundada a Pajé Filmes, uma produtora que reúne vários membros da comunidade indígena, como o casal Isael e Sueli Maxakali, além de Cassiano Maxakali, co-diretor de Kakxop Pahok.

Mais tarde surgiu a proposta de experimentar com a linguagem da animação, para retratar as histórias tradicionais, que geralmente estão relacionadas com os rituais, porém exibem uma complexidade de roteiros que não cabem no formato tradicional do documentário. Em 2016 então surgiu o primeiro filme animado dos Maxakali: Konãgxeka, o dilúvio Maxakali conta a versão tikmû´ûn do dilúvio. Em seguida, em 2019, veio a lume Mãtãnãg, a encantada, a segunda animação baseada em história tradicional deste povo. Kakxop Pahok, as crianças cegas, portanto, fecha a trilogia.

O edital Rumos Itaú Cultural é um dos maiores editais de patrocínio à produção audiovisual no país e tem foco na “seleção de projetos de criação artística que tenham como finalidade uma obra ou produção intelectual/artística, nas mais diversas linguagens, suportes, formatos e mídias”. O professor emplacou o projeto de pós-produção e finalização do filme, cuja produção já fora desenvolvida na Escola de Design, através do edital PROPPG 10/2022 do Programa de Bolsas de Produtividade em Pesquisa (PQ) da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). Porém a verba auferida com a Bolsa de Produtividade não foi suficiente para dar sequência até a finalização da obra. Candidatar-se ao edital do Itaú foi a solução encontrada pelo professor.

Não é a primeira vez que Charles Bicalho conquista a verba para a produção de um filme animado no referido edital. A produção anterior, Mãtãnãg, a encantada, foi produzida igualmente sob os auspícios do Rumos Itaú Cultural. E o primeiro filme da trilogia, Konãgxeka, o dilúvio Maxakali, também foi produzido com patrocínio de outro edital público, o extinto Filme em Minas.

A produção de Kakxop Pahok foi ainda transformada em projeto de extensão na Escola de Design e contará com a participação de alunos em seu desenvolvimento. Os filmes da Pajé Filmes podem ser assistidos no canal da produtora no YouTube: https://www.youtube.com/@Pajefilm. O lançamento de Kakxop Pahok, as crianças cegas está previsto para o ano que vem. A lista completa de projetos aprovados no Rumos Itaú Cultural pode ser conferida no site: https://itaucultural.org.br/secoes/noticias/rumos-2023-2024–conheca-os-projetos-selecionados

 

     

Aconteceu na Escola de Design A Solenidade de Posse do Conselho Estadual da Mulher de Minas Gerais (CEM-MG)

A Solenidade de Posse do Conselho Estadual da Mulher de Minas Gerais (CEM-MG) para o mandato 2024-2026 marcou o início de um novo ciclo do conselho. O CEM-MG é um órgão de participação e controle social, vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (SEDS). Composto por 10 representantes da sociedade civil e 10 representantes do governo, o CEM-MG tem como objetivo promover a igualdade de gênero e defender os direitos das mulheres em Minas Gerais. A cerimônia contou com convidados ilustres de diversos setores, incluindo a Diretora da Escola de Design da UEMG, Heloisa Nazaré dos Santos. Este evento destaca a importância da participação das mulheres nos processos de tomada de decisão e o compromisso com a igualdade de gênero em Minas Gerais e diante disto, ficamos imensamente honrados em receber todas as pessoas presentes.

Projeto “Yepocá em Cena” retorna para sua 6ª Edição em BH

A Yepocá Cia de Teatro apresenta em Belo Horizonte a tão aguardada 6ª Edição do projeto “Yepocá em Cena”.

Esta edição especial celebra os 24 anos de trajetória e produção artística da Yepocá Cia de Teatro, prometendo uma programação diversificada. O evento ocorrerá entre os dias 16 e 27 de abril de 2024, no Centro Cultural Usina de Cultura, bairro Ipiranga, onde serão realizadas palestras e oficinas conduzidas pelos integrantes do grupo e artistas parceiros, além de espetáculos do repertório da Yepocá Cia de Teatro.

Destacamos entre os idealizadores do projeto o Bruno Godinho, aluno do 3º período do curso de Artes Visuais Licenciatura da Escola de Design da UEMG. Bruno atua como coordenador do projeto, oficineiro e também integra o repertório teatral do grupo.

Uma segunda etapa do projeto está programada para acontecer no Centro Cultural Urucuia, situado no bairro Pongelupe (Barreiro), entre os dias 13 e 19 de maio de 2024.

Além disso, contamos com a participação e parceria de Cássia Macieira, professora na Escola Guignard, que trará suas contribuições por meio de palestras sobre “Arte-educação”.

Programação

Os espetáculos teatrais, além de proporcionarem entretenimento, exploram diversas temáticas, desde a alegria do palhaço até reflexões profundas sobre a vida cotidiana. Destacamos peças como “Sem fonia musical”, “O papel roxo da maçã”, “Des Espera” e “Melhor idade”.

As oficinas e palestras são pontos altos da programação, oferecendo oportunidades únicas de aprendizado e vivência cultural. Destacamos a oficina “Boneco na mão”, voltada para o teatro de bonecos, e a oficina “A arte de brincar”, destinada a crianças e jovens interessados em explorar a linguagem teatral.

As palestras sobre “Arte-educação” e “Internacionalização Yepocá” serão momentos enriquecedores de compartilhamento de conhecimento e experiências com o público.

É importante ressaltar que todas as atividades oferecidas durante o evento terão emissão de Certificados.

Acesse o site oficial do projeto em yepocaemcena.art para mais informações e inscrições.

Este projeto conta com o apoio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, através do projeto 0608/2023.

 

 

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