Ir para conteúdo

I Encontro Internacional da Rede Latino-americana de Cultura Gráfica

I Encontro Internacional da Rede Latino-americana de Cultura Gráfica
III Rastros Leitores – Seminário Internacional da Edição e do Libro

Cultura gráfica na América Latina: história, crítica, processos, desafios e perspectivas

Escola de Design da UEMG
Belo Horizonte, 14 a 16 de setembro de 2023 (modalidade presencial)

CONVOCATÓRIA

Os estudos sobre a cultura gráfica latino-americana, em suas diversas vertentes, têm se intensificado significativamente nos últimos anos. Interações interdisciplinares e contatos acadêmicos regionais têm dado origem a publicações e encontros de grande qualidade, riqueza e abrangência temática. A fundação da Rede Latino-Americana de Cultura Gráfica – Rede-CG, em 2017, foi em parte resultado dessa atividade e, ao mesmo tempo, construtora e promotora de novos fluxos de comunicação e novos estudos em um campo diverso e heterogêneo. Desde a sua criação, a Rede tem contribuído para dar visibilidade a projetos, cenários, profissionais e instituições que estudam, preservam e divulgam um imenso patrimônio gráfico e bibliográfico.

As interações e parcerias relacionadas aos estudos de cultura gráfica, livro e edição também geraram encontros como o Rastros Leitores, que teve versões realizadas no Chile e no Uruguai, em 2018 e 2020 respetivamente. Em 2023, o evento está sediado em Belo Horizonte e congrega pesquisadores e pesquisadoras de temas muito afins com o que vem sendo debatido e construído pela Red-CG, também no âmbito da América Latina.

Embora a virtualidade seja um dos principais canais de divulgação e o período da pandemia tenha refinado e consolidado a rotina das tecnologias de comunicação digital, percebemos a necessidade de um encontro presencial, tanto da Rede-CG quanto do Rastros Leitores, que possibilite o conhecimento e a troca face a face entre os que produzem e desenvolvem projetos, ideias, ações e pesquisas relacionados aos modos de produção, circulação, apropriação e conservação da cultura impressa na América Latina em suas diversas manifestações.

Convocamos, portanto, para este grande encontro, que visa a mapear discursos e práticas na área da cultura gráfica, edição, livro e leitura na América Latina, no amplo campo de seus desdobramentos disciplinares — história do livro, história da leitura, cultura escrita, cultura impressa, cultura gráfica, patrimônio gráfico, patrimônio bibliográfico, bibliografia material, cultura visual, design gráfico e outros. Assim, esperamos que estes encontros possibilitem a reflexão e o debate sobre as especificidades latino-americanas, e facilitem cruzamentos e trocas de perspetivas e enfoques, permitindo, assim, a construção de futuros projetos conjuntos.

Esse contexto da Rede-CG e dos Rastros Leitores tem a cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, como um polo e um importante nó em suas conexões. É de se considerar, na cidade, instituições, professores, pesquisadores, editores, estudantes e profissionais das artes gráficas, artes visuais, design gráfico, Letras e Comunicação que aderiram à proposta, neste momento de produção propício, com trabalhos de excelência vindo a público. Na conceção e programação dos eventos e na constituição de parcerias com agentes locais da área gráfico-editorial, procuramos incorporar um pouco desse cenário belo-horizontino, com o propósito de enriquecer o encontro.

Eixos temáticos:

  1. 1 Estudos históricos ou teóricos críticos sobre objetos impressos e editoriais (livros, periódicos, impressos efêmeros, livros digitais), em aspetos de processos de produção material e intelectual, tecnologias gráficas, processos de impressão, divulgação e apropriação de leitura na América Latina ou em outras regiões em relação ao nosso continente. Produtores, criadores, intermediários, empresas, instituições.
  2.  Aspetos materiais e visuais dos impressos, cultura visual e design, tipografia, imagens, suportes. Características históricas, culturais ou políticas das representações e modalidades estéticas do impresso.
  3.  Narrativas latino-americanas, estudos decoloniais e de gênero: pensar o latino-americano, mulheres produtoras, edição negra e indígena. Transnacionalidade, interculturalidade, multilinguismo. Tensões entre o local, o regional, o nacional.
  4.  Arquivos, patrimônio, repositórios. Histórias, técnicas e problemas de salvaguarda e preservação da cultura gráfica. Conservação e valor social.

Os membros da Rede-CG estão convidados, assim como outros interessados, a apresentar propostas sobre aspetos da cultura gráfica na América Latina ou em outras regiões em relação à América Latina.

Os trabalhos podem ser submetidos em duas modalidades:

a. Trabalhos que apresentem um tema de investigação concluído ou em curso, destinados a uma apresentação oral de 20 minutos. Trabalhos individuais ou em grupo, de até dois autores.
b. Exposições individuais ou coletivas (equipa de trabalho) apresentando um projeto laboratorial, experimental, tarefa de conservação ou restauro do patrimônio gráfico, ou uma experiência pedagógica com um tempo de exposição de 10 minutos.

A inscrição deve ser feita através da plataforma digital Even3, basta clicar no link

Na submissão, pede-se um Resumo (entre 600 e 800 palavras), em que devem ser explicados tema, objetivos, método, principais hipóteses e resultados (ou adaptações desses quesitos).

São aceitas propostas em português e espanhol.

As propostas serão avaliadas pela Comissão Científica.

Data limite de envio de resumos: 26 de maio de 2023.

 

Organização:Rede Latino-Americana de Cultura Gráfica
Programa de Pós-Graduação em Design da Universidade do Estado de Minas Gerais – PPGD-UEMG
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Centro de Investigaciones en Arte y Patrimonio, CONICET-UNSAM, Argentina

 

 

Mostra Radical Jewelry Makeover Brasil

 

O Radical Jewelry Makeover está sendo executado pela primeira vez primeira vez na América Latina, e acontecerá no Espaço Cultural da Escola de Design da UEMG, entre os dias 16 e 18 de maio

 

O projeto Radical Jewelry Makeover (RJM)  foi fundado em 2007 e já alcançou milhares de pessoas, como uma iniciativa de mineração urbana e reciclagem de produtos, com uso de joias doadas pela comunidade como alternativa à mineração de insumos.

 

O projeto incentiva considerar os impactos sociais e ambientais da produção de joias e a reavaliação dos hábitos de consumo, e também busca chamar a atenção do público para a criatividade dos designers de joias, que tem a oportunidade de desenvolver novos produtos e revelar as histórias por trás das coleções pessoais doadas. 

A condução deste projeto inaugurou um Capítulo Estudantil Ethical Metalsmiths, sediado no Centro de Estudos em Design de Gemas e Joias, da Escola de Design, que é coordenado pelo professor Adriano Mol.

Na configuração do produto joalheiro, a abordagem sistêmica do design permite conjugar aspectos da dimensão de valor dos produtos e serviços, com vistas à exploração sustentável do patrimônio material e imaterial de um território. Uma vez que as gemas e metais preciosos são recursos não renováveis, a sua exploração responsável está ligada ao desenvolvimento de produtos diferenciados e com alto valor agregado localmente, com base nos recursos e competências disponíveis e na riqueza cultural, além da utilização de subprodutos e resíduos.” Prof. Adriano Mol  

 

 

O objetivo geral do projeto é conduzir oficinas de desenvolvimento de produtos a partir da reciclagem de joias e bijuterias, com engajamento de estudantes e profissionais de joalheria na mineração urbana, que passa pelas seguinte etapas:

– Workshops de sensibilização sobre o projeto; 

– Eventos de coleta de doações de joias e bijuterias para reutilização; 

– Workshops capacitação em mineração urbana, reuso e sustentabilidade em joalheria; 

– Oficinas de criação colaborativa de produtos de reutilização em joias e bijuterias;  

– Exposição dos resultados do projeto. 

 

 

No processo de criação, que é de responsabilidade do Prof. Flavio Nascimento, que é também coordenador do Projeto GEDAI, ele explica que a partir do tema “descarte, tempo, criação”, cada participante da edição do RJM/Brasil foi desafiado a criar joias a partir dos tempos de sua história de vida: passado, presente e futuro. O tempo é a fábrica das lembranças e dos desejos, matéria prima para a criação. 

Em um mundo onde apenas o novo é valorizado e ao nos habituarmos a uma dialética de excesso e de troca, tudo torna-se descartável. É preciso silenciar para ouvir as necessidades do nosso tempo e urgente trabalhar na mitigação dos danos. 

Se ressignificar é recriar o que um dia foi criado, entendemos que ao desenvolver esta coleção de joias, ressignificamos múltiplas histórias – materiais, doadores e criadores. 

Aos futuros usuários, desejamos que estas joias e o tempo criem novas e belas histórias. 

 

A Profa. Thatiane Mendes Duque, coordenadora do Grupo Casulo  foi a artista convidada para fazer parte do RJM e esclarece a dinâmica a seguir:

Casulos – Ações como: vestir, envolver, proteger, apaziguar, cuidar da casa – corpo, são ações que Simone de Beauvoir chama de ‘ações reprodutivas’, que se repetem, mas que mantêm a vida. Alguns objetos que nos acompanham, em intimidade com nosso corpo, fazem parte dessas narrativas diárias, seja por afeto, seja por proteção. 

As joias acabam sendo esse objeto particular, que de algum modo atravessam nossas histórias. São objetos que nos fazem sentir amparados, protegidos em tempos tão inóspitos como os que vivemos. 

A série ‘Casulos  de Thatiane Mendes, busca criar uma sutura com o passado, encapsulando práticas ancestrais por meio da fabricação de bioplásticos elaborados com ervas medicinais. Desloca o que é considerado doméstico e aquilo que está esquecido em gavetas, como: os têxteis de crochê e miçangas coloridas, para laboratórios de estudos científicos. Lá, a artista elabora pequenos mundos com camadas protetoras para conviverem: têxteis, chás medicinais, fungos, pérolas, miçangas e outros materiais de joalherias recicladas e ressignificadas. 

 

 

Equipe  

Organização: Centro de Estudos em Design de Gemas e Joias, Ed-UEMG 

Coordenação Geral: Adriano Mol – professor ED.UEMG 

Coordenação de Criação: Flavio Nascimento – professor ED.UEMG 

Coordenação de Ourivesaria: Mara Guerra – professora ED.UEMG 

Artista Convidada: Thatiane Mendes Duque – professora ED.UEMG 

Apoio: Criadouro Joalheria Experimental  

Coordenação Instagram: Tarsila Harume – aluna graduação ED.UEMG 

Instagram: Sofia Couto – ex-aluna graduação ED.UEMG, Carol Juste – ex-aluna graduação ED.UEMG, Luiza Duarte – ex-aluna graduação ED.UEMG, Luiza Franco – aluna graduação ED.UEMG. 

Instagram Textos: Adriani Mendes, Nicolle Mariana Alves, Luiza Duarte (revisão), Luiza Franco (traduções). 

Monitores: Marco Aurélio Fernandes – ex-aluno graduação ED.UEMG, Nicolle Mariana Alves – aluna graduação ED.UEMG, Rafaela Resende – aluna graduação ED.UEMG 

Tradução RJM: Luiza Duarte – ex-aluna graduação ED.UEMG 

Exposição: Vânia Paiva P – aluna graduação ED.UEMG 

Fotografia: Marco Aurélio Silva Fernandes – ex-aluno graduação ED.UEMG, Ana Piancastelli Mol – aluna graduação ED.UEMG 

MUSEUS PELO OLHAR DO DESIGN EMOCIONAL NO ESPAÇO CULTURAL DA ESCOLA DE DESIGN

MUSEUS PELO OLHAR DO DESIGN EMOCIONAL NO ESPAÇO CULTURAL DA ESCOLA DE DESIGN

 

O evento do experimento do MDPREM – Método de Design para Projeto e Ressignificação de Espaços Museais foi um momento marcante e importante na área da cultura e do design. Realizado no Espaço Cultural da Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerais, o experimento reuniu uma equipe de pesquisa com 10 integrantes, composta por pessoas com deficiência, pessoas da área de educação, profissionais de arquitetura e museologia.

Intitulada “Do imaginário ao representativo: design emocional na concepção de espaços museais na hipermodernidade”, a pesquisa vem sendo desenvolvida para o processo de doutoramento do Prof. Msc. Rangel Sales, nomeada, sob orientação da Profa. Dra. Marcelina das Graças de Almeida, no PPGED-UEMG. Para a coleta de dados, uma equipe técnica de 12 participantes, incluindo técnicos de áudio e vídeo, mediação e buffet, foi fundamental para a realização do experimento.

O clima amistoso que tomou conta do espaço durante o evento foi um dos pontos mais marcantes. A afetividade dos participantes foi notável, e todos se empenharam em testar o método proposto e fazer suas valiosas considerações.

O experimento contou com a participação de pessoas de diferentes áreas e habilidades, o que proporcionou um ambiente de troca e aprendizado mútuo. Foi possível perceber a importância do diálogo interdisciplinar e da colaboração para a criação de soluções inovadoras e eficientes.

Por fim, agradecemos à Escola de Design da UEMG por todo o apoio na realização deste experimento. Foi um momento enriquecedor e inspirador, que nos mostrou a importância de investir em métodos de design que permitam a ressignificação de espaços museais e culturais, contribuindo para a preservação da memória e da cultura em nossa sociedade.

 

 

Crédito das fotos: Will Araújo

Você está sem conexão com a internet