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Professora da Escola de Design apresenta resultados de pesquisa sobre prótese voltada para ciclistas

A professora Iara Sousa Castro, da Escola de Design da UEMG, apresentou, junto com sua equipe, os resultados do projeto coordenado por ela, intitulado “Prótese para membro superior destinada a ciclistas amputados”. A apresentação foi feita nesta segunda-feira, dia 20 de maio, para a diretoria da Escola de Design e contou com a presença de Athos Martins da Costa, para quem o protótipo da prótese foi desenvolvido.

Athos é ciclista profissional e compete nas modalidades de pista e mountain bike, tanto em categorias específicas para atletas especiais quanto em categorias para ciclistas não amputados. Ele teve parte do antebraço esquerdo amputado por conta de um acidente de carro quando tinha sete anos de idade. O atleta deu apoio ao projeto desde o início, contribuindo para a coleta de dados e participando dos testes experimentais ao longo de todo o processo de desenvolvimento.

Natural de Santa Bárbara, em Minas Gerais, Athos, que é formado em Educação Física pela Universidade Federal de São João Del Rey (UFSJ), foi campeão brasileiro de Ciclismo de Pista Paralímpico em 2015, tendo participado da final do Campeonato Mundial de Ciclismo em Estrada na Eslovênia em 2014, além da ultramaratona Brasil Ride nos anos de 2015, 2016, 2017 e 2018.

 

 

Além da coordenação da Profa. Iara Castro, o projeto contou com a orientação dos professores Paulo Roberto Duarte Luso dos Santos, Yrurá Garcia Júnior e do pesquisador Matheus de Sousa e Silva, e foi desenvolvido no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design e Ergonomia (CPqD) da Escola de Design entre os anos de 2014 e 2024. O Laboratório de Ensaios, Modelagem e Prototipagem (LEMP), também da Escola de Design, foi parceiro na empreitada. O professor Yrurá Garcia Júnior, do LEMP, foi o responsável pela usinagem de peças que compõem o kit que vai acoplado ao guidão da bicicleta (ver fotos), para o encaixe da outra peça afixada à prótese adaptada ao braço do ciclista.

Essa tecnologia, desenvolvida por toda a equipe de docentes e discentes do projeto, foi batizada de “Fixação articulada para prótese de membro superior voltada para ciclismo”. Como consta no resumo do projeto, trata-se de uma “fixação de prótese que auxiliará um paratleta com um membro superior parcialmente amputado a conduzir uma bicicleta, fazendo movimentos similares aos realizados pelo membro não amputado, a fim de dar melhores condições para que o atleta possa exercer a prática esportiva.”

 

 

Financiado pela FAPEMIG, o projeto teve também suporte da UEMG através de programas de apoio à pesquisa e à extensão. Fizeram parte da equipe de pesquisa como bolsistas de Iniciação Científica: Matheus de Sousa e Silva; Laura Helena Galdino Repolês; Bárbara dos Santos Trintinella Filho; Samuel Methner Baldin; e Gabriel Victor Valadares. E como bolsistas de Extensão: Camila Silva Pereira; Ivam César Silva Costa; e Higor de Souza Holzmeister. Além dos bolsistas, o projeto também envolveu alunos voluntários: Ademir Gonçalo Ferreira Júnior; Andrey Augusto de Oliveira Reis; e Samuel Luís de Sales Oliveira.

O conjunto do equipamento desenvolvido para membros superiores, cujo registro de patente de utilidade já foi depositado junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) há dois anos, visa melhorar a ergonomia do ciclista, proporcionando acoplar o braço amputado à bicicleta, ao mesmo tempo que ajusta a altura dos ombros, dando mais segurança, conforto e competitividade ao atleta.

O ciclista Athos Martins explica que já chegou a competir com apenas um dos braços preso ao guidão, por falta de equipamento adequado à sua condição, o que já lhe custou várias quedas. Ele diz que as peças desenvolvidas na Escola de Design vão lhe ajudar muito e devem ajudar também outros ciclistas que detenham uma condição idêntica ou similar à sua.

 

 

 

Reunião do Circuito Liberdade na Escola de Design

No último dia 14 de setembro, a Escola de Design sediou mais uma reunião do Circuito Liberdade, do qual o Espaço Cultural da Escola de Design (ECED) faz parte. Os equipamentos se reuniram para tratar da acessibilidade no Circuito. A Diretora da ED, professora Heloisa Nazaré dos Santos esteve presente à reunião e colocou os centros de estudo e pesquisa da Escola à disposição para oficinas e produção de materiais acessíveis, dentre outras possibilidades. Ela salientou que maquetes táteis poderiam ser produzidas nas impressoras 3D da Escola para serem usadas nos equipamentos do Circuito, por exemplo.

Heloisa sugeriu parcerias entre o Librário da ED e outras instituições que fazem parte do Circuito, para promover capacitações e oficinas para os colaboradores estarem preparados para receber os visitantes e atendê-los, oferecendo experiências únicas.

 

GEDAI – Grupo de Experimentações – Design, Afeto e Indumentária

O GEDAI é um laboratório de processos criativos que foi criado em 2016 a partir da
intenção de colocar em prática experimentações dentro do campo do design,
observando as relações que podemos estabelecer entre as lembranças, o processo
criativo e a indumentária.
Tem como objetivo despertar seus participantes para a importância da construção de
uma linguagem projetual conectada a sua própria história, que o exprima como
indivíduo, sua cultura material e suas referências e que desta forma possa contribuir
para o desenvolvimento de uma linguagem nacional livre da excessiva dependência
que tem mantido com as tendências estéticas internacionais em decorrência da
massificação das fontes de pesquisa e tecnologias disponíveis.
Todo o processo considera as lembranças de afeto e a história de vida de cada
participante.
O GEDAI é coordenado pelo professor Flávio Nascimento e faz parte do Centro de
Estudos em Design de Gemas e Joias.
Para saber mais:
e-mail: gedai.design@gmail.com
instagram: @gedai.design

 

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