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ExpoEDA: Primeira Edição Celebra a Produção Artística Acadêmica e Fortalece Conexões

A primeira edição da ExpoEDA foi realizada com sucesso, consolidando-se como um evento essencial para a valorização da produção artística acadêmica. Organizada pelo Diretório Acadêmico da Escola de Design em parceria com o CIDS – Centro Integrado de Design Social, a exposição reuniu obras de alunos regulares e egressos, promovendo um espaço de diálogo entre a comunidade acadêmica e externa. O evento buscou destacar temáticas contemporâneas e proporcionar aos participantes a experiência prática da concepção e montagem de uma exposição. Além disso, a iniciativa fortaleceu a conexão entre diferentes áreas do design e incentivou a troca de conhecimentos entre estudantes, professores e convidados.

Foto: Jessica Thaysmara/ ED UEMG

Durante a exposição, os participantes tiveram a oportunidade de vivenciar todas as etapas do processo curatorial e expográfico. Desde a convocatória da equipe organizadora até a seleção das obras, cada fase foi desenvolvida com o objetivo de estimular o aprendizado e a prática profissional. A equipe responsável pela montagem, iluminação, cenografia e mediação trabalhou para criar um ambiente que valorizasse as produções expostas. A abertura contou com visitas mediadas e atividades educativas, promovendo um contato mais próximo do público com as obras. A experiência possibilitou a ampliação do repertório dos participantes e reforçou a importância da arte como ferramenta de expressão e reflexão.

Foto: Jessica Thaysmara/ ED UEMG

A ExpoEDA também garantiu aos envolvidos certificação válida para atividades complementares e de extensão universitária, reforçando seu caráter formativo. O evento demonstrou a relevância de projetos coletivos na formação acadêmica, evidenciando o impacto da colaboração entre estudantes e professores. Com a proposta de se tornar um evento anual, a exposição pretende continuar incentivando a produção artística e o desenvolvimento profissional dos alunos. Agradecemos a todos os participantes, organizadores e visitantes que contribuíram para o sucesso desta primeira edição. A ExpoEDA se firma como um espaço de aprendizado e valorização da arte, preparando o caminho para novas edições e futuras iniciativas.

Aluno da Escola de Design faz participação no portfólio da Vogue Itália e no programa de televisão ‘Rolê nas Gerais’ da TV Globo.

Marcel Warley, aluno do 8º período do curso de Design de Moda da Escola de Design da UEMG, tem foto incluída no portfólio da Vogue Itália e faz participação no programa de televisão “Rolê nas Gerais” da TV Globo, durante a semana do Dia da Consciência Negra.

Com a iniciativa de destacar a riqueza cultural e a identidade das comunidades periféricas de Belo Horizonte, o projeto fotográfico “Preto no Branco”, criado pelo aluno Marcel Warley, tem como objetivo valorizar a expressão da população negra ao apresentar modelos pretos em um editorial de moda em que a cor predominante dos looks compostos é o branco. A ideia é criar um contraste visual impactante e significativo entre as duas cores.

 

Projeto “Preto no Branco”, realizado no Aglomerado da Serra, pelo aluno Marcel Warley.

A proposta do ensaio é enaltecer a beleza e a dignidade das pessoas negras, pertencentes a grupos minoritários, que vivem nas periferias, em vilas e aglomerados. O projeto utiliza a arte fotográfica aliada à produção de moda como meios de expressão e resistência, a fim de ressaltar as raízes e tradições, ao destacar histórias e talentos. Com isso, se busca fortalecer a autoestima e o sentimento de pertencimento nessas comunidades.

Fragmentado em duas etapas, o ensaio fotográfico aconteceu em locais emblemáticos do Aglomerado da Serra, localizado na região centro-sul de Belo Horizonte: o Mirante do Coqueiro e os arredores do campo de futebol, popularmente conhecido como “Bola de Ouro”. Esses foram os cenários selecionados para as produções.

A primeira etapa foi realizada no dia 29 de junho de 2024, e contou com a participação dos modelos: Arthur Felipe, Sthefany Sueli, Cauã Gabriel, Wescilley Junio e Stephania Lorrana.

Já a segunda etapa foi realizada no dia 2 de julho de 2024 com participação dos modelos: Raí Batista, Ana Paula, Luiz Filipe e Lucas Ferreira. E a foto com Luiz Filipe foi a incluída no portfólio da Vogue Itália, evidenciando a qualidade e o impacto desse trabalho.

Marcel Warley, tem fotos incluídas no portifólio Vogue Itália.

Marcel e sua equipe ainda marcaram presença na gravação do programa de televisão “Rolê nas Gerais”, da TV Globo, gravado no Aglomerado da Serra, para a semana do Dia da Consciência Negra. A reportagem destacou a riqueza cultural e a identidade das comunidades periféricas.

Para Marcel, o projeto “Preto no Branco” transcende o conceito de um simples editorial de moda: “é uma declaração de visibilidade e reconhecimento da cultura e da identidade das periferias de Belo Horizonte. Utilizando a estética do preto no branco, o projeto busca provocar reflexões sobre a importância das populações negras na construção da identidade cultural local”.

A equipe do projeto “Preto no Branco” é formada por membros de outro projeto, o “É Moda Brasil” (@emoda_br): Marcel Warley, fotógrafo e idealizador (@marcel_warley); Guthierres, maquiador social (@guthierres_make_up); Mateus, maquiador artístico (@forgmakeup); Flaviana, nails designer (@flaviana.baiana.7528); Studio Rucagi, no apoio (@studio_rucagi).

 

 

REFERÊNCIA

WARLEY, Marcel. Ensaio fotográfico “preto no branco” exalta a cultura do povo preto e das periferias de belo horizonte. É Moda Brasil, 26 jul. 2024. Disponível em: www.emodabrasil.com/post/ensaio-fotogr%C3%A1fico-preto-no-branco-exalta-a-cultura-do-povo-preto-e-das-periferias-de-belo-horizon. Acesso em: 21 nov. 2024.

Fotografar para Preservar: Aluna da UEMG capta a essência dos congados mineiros e leva prêmio nacional

A fotografia, muitas vezes, vai além de uma simples imagem. Ela pode ser uma ferramenta poderosa para contar histórias, documentar a realidade e preservar a memória. Lorena Nicácio, aluna de Design Gráfico na Escola de Design da UEMG, venceu o concurso “Fotografar para Preservar” com uma foto que celebra a tradição dos congados mineiros.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em parceria com o Observatório Lei.A, realizou a terceira edição do Concurso de Fotografia “Fotografar para Preservar”, com o tema “Vivências: um olhar sobre a Identidade Mineira”. A iniciativa estimulou os participantes a registrarem a diversidade cultural de Minas Gerais, valorizando o patrimônio material e imaterial do estado.

A foto que venceu o concurso não foi fruto de uma busca intencional, mas sim de um encontro em meio à celebração dos congados mineiros, que aconteceu no Palácio da Liberdade. Lorena teve seu olhar capturado por uma cena peculiar: um senhor, com uma câmera digital antiga nas mãos,também imerso no registro da festa. “A cena dele com sua câmera digital nas mãos, tal como as dos primeiros modelos lançados, vinte anos atrás, atento, registrando tudo, me pareceu uma espécie de quadro, um recorte do passado ilustrado bem ali, à minha frente.” Aquele instante, a união entre a tradição dos congados, a fotografia como afeto e registro, representada por aquele homem. Ela fez o registro e talvez também tenha sido fotografada por ele.

Lorena Nicácio, aluna de Design Gráfico na Escola de Design da UEMG, venceu o concurso “Fotografar para Preservar” com uma foto que celebra a tradição dos congados mineiros.

Naquele momento, tomada pelo trabalho, não foi possível obter mais informações sobre o senhor ou a irmandade. Mas a imagem chamou sua atenção, a ponto de ela compartilhá-la nas redes sociais, na tentativa de identificar aquele homem que se destacou na multidão. “Para minha surpresa, a publicação viralizou e, em poucas horas, a Secretaria de Cultura e Turismo entrou em contato, identificando a Irmandade de Marujo Moçambique Nossa Senhora da Guia e São Jorge Guerreiro. Descobri, então, que o homem misterioso era João Batista dos Santos, carinhosamente conhecido como Senhor João. A partir daí, uma série de portas se abriram. Fui convidada pelo coordenador do setor de Patrimônio Cultural de São Gonçalo do Rio Abaixo para uma exposição na cidade e terei a oportunidade de conhecer pessoalmente o Senhor João, explorar seu acervo fotográfico e aprofundar minha conexão com a rica história da irmandade.”

Lorena explica que a escolha de uma fotografia para um concurso nunca é simples e o recente reconhecimento dos congados como patrimônio cultural em Minas Gerais direcionaram seu olhar para o tema. A decisão final foi desafiadora, levando em consideração a quantidade de imagens que havia capturado, mais de duas mil. “A cena inusitada do fotógrafo imortalizando sua própria história e a de seus antepassados chamou minha atenção e se alinham perfeitamente com o tema ‘Fotografar para Preservar”, afirmou Lorena.

Para Lorena, vencer este concurso, além do reconhecimento financeiro, foi um verdadeiro recomeço. A pandemia abalou profundamente o setor de eventos, e por um momento, ela pensou em desistir da fotografia, mas, agora, este prêmio colaborou para reacender a paixão e a confiança em sua própria carreira.

Para Nicácio, a Escola de Design foi fundamental nessa jornada. A proximidade com professores como João Caixeta, Rogério de Souza, Tatiana Pontes e Cláudio Santos, cada um à sua maneira, ajudaram a moldar seu olhar, incentivando a busca pela excelência. Para Lorena, suas aulas e o ambiente criativo da escola foram decisivos para que eu chegasse até aqui.

Lorena afirma que a ausência de registros fotográficos profissionais de muitas manifestações culturais, como os congados e reinados, é uma lacuna significativa na documentação do patrimônio imaterial. Com o olhar de fotógrafa e produtora cultural, ela entende a necessidade de preencher essa lacuna e oferecer um serviço de qualidade a essas comunidades.

Ela planeja ainda desenvolver um projeto que vá além da fotografia, ajudando a criar materiais de divulgação que possam ser utilizados para contribuir na educação patrimonial, para que cada vez mais pessoas possam conhecer e se conectar com a história e a importância dos congados e reinados, contribuindo para a sua preservação e valorização.

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