Atenção, comunidade acadêmica da Escola de Design!
Informamos que o 2º semestre de 2024 se encerrará no dia 27 de fevereiro de 2025.
O período de recesso acadêmico será de 27 de fevereiro a 21 de março.
Aproveitem este tempo para descansar, recarregar as energias e se preparar para um novo semestre cheio de aprendizado e desafios!
Em breve, divulgaremos mais informações sobre o retorno das aulas. O Calendário Acadêmico de 2025 já está disponível no site.
Fiquem atentos(as) em nosso site e canais de comunicação e até breve!
Recomeçar: Revista Raio X Lança Primeira Edição com Talentos da Escola de Design
A primeira edição da revista, intitulada “Recomeçar”, celebra a retomada dos projetos após o período da pandemia e a mudança para o espaço da Praça da Liberdade.
A Revista Raio X, uma revista digital ligada ao Núcleo de Ilustração e Quadrinhos (NIQ+) do Centro de Estudos em Design da Imagem (CDI) da Escola de Design da UEMG, surge em 2019, com o objetivo de apresentar para a comunidade acadêmica os projetos desenvolvidos pelos alunos da ED, proporcionando reconhecimento e dando visibilidade aos trabalhos ao criar uma biblioteca de referências para os atuais e futuros estudiosos do design.
A origem do nome da revista se deu devido a um equívoco ocasionado pela abreviação do nome “Centro da Imagem”: frequentemente, o centro de estudos recebia ligações e e-mails de pessoas que procuravam serviços de radiografia. Sabe-se que um exame de Raio X tem o intuito de mostrar o nosso esqueleto, a nossa base estrutural, e a revista recomeça com esse objetivo: manifestar a importância das ideias dos alunos para a universidade. A partir disso, o termo conectou-se naturalmente com a revista, com o NIQ+ e o próprio CDI, criando uma relação entre esses elementos e as abordagens do Raio X.
Após três anos, a revista Raio X, desenvolvida pelos professores Paulo Cruz, Luhan Dias e por alunos de diversos cursos da Escola de Design, lança a sua primeira edição, intitulada “Recomeçar”, relembrando o contexto turbulento e os desafios em que a revista iniciou os projetos, com a mudança do espaço físico da Escola de Design para a Praça da Liberdade e o fim da pandemia de COVID-19.
A ilustração da capa desta edição foi desenvolvida pela aluna do curso de Design Gráfico, Marina Matsuda, e representa o retorno dos estudantes da Escola de Design ao ensino presencial após dois anos de distanciamento social e ensino remoto emergencial.
Processo criativo da ilustração da capa pela aluna Marina Matsuda. Reprodução do site Revista Raio X.
Marina compartilha sobre seu processo de criação:
“Gosto de trabalhar num caos organizado, acho que o misto entre bases sólidas e experimentação é sempre propício para evoluir como artista, então aproveitei a oportunidade para testar algumas coisas novas! Primeiramente, a famigerada (e temida) Metodologia do Design. Embora eu odeie admitir, é incrivelmente útil (Double Diamond, essa é pra você) e me poupa muito tempo trabalhando com as ilustras em comissions e até em projetos pessoais, então vamos ao resumo dos passos de sempre: Referências -> Geração de ideias e sketches -> Escolha e refinamento -> Renderização.
Para as novas ideias, pensei em como incorporar o logo da RAIO X em todo o desenho, além da camiseta da personagem, e resolvi desenvolver um tique que sempre tive como artista: enfiar cor onde não era pra ter. Assim surgiram os contornos em verde chocante nas nuvens (meus grandes amores), construções, roupas e folhagens. Também tenho um espaço no coração especial para backgrounds e truques de iluminação, então gastei meu tempo renderizando tudo com carinho.”
A Revista Raio X é uma celebração da criatividade e resiliência da comunidade da Escola de Design. Sua primeira edição conta com ilustrações, Pixel Arts, uma matéria exclusiva sobre Fotoquadrinhos escrita pelo professor Luhan e muito mais!
Aluna do mestrado na ED se apresenta em Dachau, Alemanha
No dia 11 de novembro, em uma cerimônia na cidade de Dachau, no estado da Baviera, na Alemanha, Cora Wallach Sanches, aluna do mestrado em Design na ED, apresentou uma palestra baseada em sua dissertação intitulada “Design de superfícies: um estudo de caso da Família Wallach”, orientada pela Profa. Heloísa Nazaré dos Santos. O evento homenageava os moradores judeus que foram expulsos da cidade na famigerada Kristallnacht.
A Kristallnacht, ou Noite dos Cristais, ou ainda Noite dos Vidros Quebrados, tem seu nome derivado dos vidros das vitrines das lojas de propriedade de judeus que foram quebrados no violento massacre antissemita perpetrado pelos nazistas nos dias 9 e 10 de novembro de 1938 em toda a Alemanha, na Áustria e em localidades da Tchecoslováquia. Na ocasião, sinagogas foram atacadas, saqueadas e destruídas, cemitérios judeus foram profanados e muitos indivíduos judeus foram atacados pelas Sturmabteilung (SA) (literalmente “Destacamento Tempestade”), as Tropas de Assalto de Hitler, tendo ao menos 91 judeus sido assassinados.
Cora desenvolve sua dissertação em torno da história de sua família, descendente do empresário judeu Julius Wallach, que deu significativas contribuições ao design de trajes típicos da Baviera, até a ascensão do nazismo. Sua apresentação destacou a ligação de sua família com a cidade e a contribuição de seus ancestrais para a moda tradicional bávara na região. “Minha pesquisa busca não apenas preservar a memória da minha família, mas também destacar a relação entre design, cultura e história material. É emocionante ver como essas histórias ainda ressoam aqui.”
Sua participação gerou visibilidade ao ser entrevistada pelo jornal Süddeutsche Zeitung, dias antes do evento, atraindo a presença de muitos leitores do jornal para o local, alguns deles inclusive tendo levado presentes para Cora. Monika Becker, uma moradora de Dachau, lhe entregou um tecido original da loja Wallach, guardado desde os anos de 1970. “Receber algo tão único e conectado à história da minha família é indescritível. É como se esses objetos estivessem esperando para retornar ao contexto da minha pesquisa”, conta Cora emocionada.
Para a pesquisadora, seu trabalho reforça a importância do design como ferramenta para preservar e revisitar memórias históricas, conectando passado e presente. “Esse evento mostrou como os objetos e histórias de nossas famílias podem carregar memórias profundas, que continuam a influenciar nossas vidas e nossa visão de mundo.”